Pular para o conteúdo principal

Países Brics voltam a criticar política monetária dos EUA e da Europa


Em comunicado oficial, países entoam coro da presidente Dilma e criticam desequilíbrios causados pelos planos de estímulo do Fed e do Banco Central Europeu


Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) 
 
O grupo dos países dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, voltou a criticar os movimentos dos bancos centrais dos Estados Unidos, Europa e Japão para estimular a atividade econômica no mundo desenvolvido. Em comunicado divulgado ao final do encontro dos países em Durban, na África do Sul, os líderes entoaram o mantra há anos proferido pela presidente Dilma, de que a injeção de divisas para estimular o crescimento dos países em crise tem "efeitos negativos" nos chamados emergentes. Os governantes também apelaram para que essas economias façam mais para impulsionar o crescimento global - sem usar política monetária expansionista.

Os bancos centrais de países desenvolvidos injetaram trilhões de dólares na economia global nos últimos dois anos com o objetivo de estimular o crescimento econômico por meio do aumento do crédito. A grande crítica dos emergentes, sobretudo do governo petista, é de que essas divisas acabaram sendo direcionadas para investimentos especulativos em países emergentes, criando desequilíbrios nos fluxos de capitais e descompasso cambial. Os países desenvolvidos vêm rebatendo tais argumentos ao longo dos últimos anos, avisando que não há muito que possam fazer além de, literalmente, colocar dinheiro na economia para fazê-la acordar.


Diz o comunicado: "os bancos centrais nas economias avançadas responderam com ações não convencionais de política monetária que aumentaram a liquidez global. Grandes bancos centrais deveriam evitar as consequências não intencionais dessas ações na forma de volatilidade crescente dos fluxos de capitais, moedas e preços de commodities, que podem ter efeitos negativos sobre o crescimento em outras economias, em particular os países em desenvolvimento".

Sob a gestão petista, o Brasil foi o grande idealizador de políticas protecionistas, além de criar entraves para os poucos acordos comerciais que o país detém. E é justamente o Brasil o maior defensor, em Durban, para que o próximo dirigente da Organização Mundial do Comércio (OMC) venha de um país em desenvolvimento - em especial o próprio candidato brasileiro, Roberto Azevêdo. O país não chegou a sugerir oficialmente seu candidato como sendo a opção oficial do grupo, mas conversas foram levadas adiante neste sentido.

Os cinco países dos Brics fracassaram em apoiar um candidato único para liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial quando os cargos de direção dessas instituições ficaram vagos no ano passado.

Eles também expressaram "preocupação profunda com a deterioração da situação humanitária e de segurança na Síria" e defenderam uma solução para as disputas sobre o programa nuclear do Irã por meio de negociações e não pela força. "Estamos preocupados com ameaças de ação militar, bem como sanções unilaterais", diz o comunicado do grupo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p