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Temer não deve mais levar pessoalmente ao Congresso PEC que limita gastos

Agenda do presidente interino prevê apenas reunião com a base aliada no Planalto

Presidente interino Michel Temer durante cerimônia de posse dos presidentes do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, da Petrobras e Ipea em Brasília (DF)
O presidente interino Michel Temer(PR)
O presidente interino Michel Temer (PMDB) não deve mais levar pessoalmente ao Congresso nesta quarta-feira o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o gasto público à inflação do ano anterior. Em vez disso, a agenda de Temer prevê apenas que ele receberá líderes de sua base aliada no Palácio do Planalto às 10h. A pauta é a PEC, cujo prazo de validade para o teto de gastos ainda está em debate - uma das propostas seria de até vinte anos, mas ela pode ser reduzida. Outro ponto sob análise é como preservar os patamares constitucionais de investimento em saúde e educação. É possível que Temer entregue uma versão do texto aos parlamentares da Câmara e do Senado. Também não deve passar ao largo da audiência a decisão do Conselho de Ética de aprovar a representação que pode cassar o aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara, assim como as ações no Judiciário contra Cunha e outros caciques peemedebistas como Renan Calheiros, presidente do Senado, Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, e o ex-presidente José Sarney. Os compromissos de Temer só foram confirmados e divulgados depois das decisões. Ele quer afastar sua imagem de temas relacionados à Operação Lava Jato e suas repercussões no Legislativo e no Judiciário. (Felipe Frazão, de Brasília)

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