Maduro anuncia que Venezuela iniciará 'nova etapa de diálogo' com EUA
O presidente venezuelano afirmou estar pronto para nomear embaixador em Washington
"Eles propuseram que iniciemos uma nova etapa de diálogo com novos canais de comunicação e um conjunto de encontros em alto nível de forma imediata, e eu disse à chanceler: 'Aprovado'. Vamos iniciar esta série de encontros de alto nível, estou de acordo", afirmou Maduro, em ato oficial transmitido em rede nacional.
O presidente venezuelano disse estar "pronto para nomear embaixadores e regularizar as relações" entre os dois países, cujos governos retiraram seus embaixadores em 2010.
Na reunião, Kerry e Rodríguez acertaram que o vice-secretário de Estado Thomas Shannon visitará a Venezuela muito em breve para avançar em um diálogo bilateral, informou o diplomata americano.
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Caracas e Washington têm uma longa lista de embates - a Venezuela acusa os Estados Unidos de "intervencionismo imperialista", enquanto a Casa Branca acusa funcionários do governo venezuelano de violar os direitos humanos.
'Assuntos internos' - Mais cedo, diante da Assembleia-Geral da OEA, Kerry fez um apelo à libertação dos presos políticos venezuelanos, respeito à liberdade de expressão e alívio à escassez de alimentos e medicamentos que o país sofre, ao que a chanceler Delcy Rodríguez respondeu, irritada: "Os assuntos internos da Venezuela os resolvem os venezuelanos".
De acordo com o secretário de Estado, a invocação da Carta Democrática Interamericana por parte do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, abrirá "a discussão de que Venezuela tanto necessita (...) sobre as dimensões política, econômica, social e humanitária dessa crise".
O Conselho Permanente da OEA deve decidir por maioria se inicia gestões diplomáticas para a Venezuela, em sessão extraordinária na próxima semana. O governo da Venezuela tenta garantir pelo menos 18 votos a favor para essa sessão. Com isso, teria condições de bloquear a aplicação de medidas, como prevê a Carta Democrática.
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