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Paulo Bernardo deixa a prisão após decisão do STF

Alvo da Operação Custo Brasil, petista teve a prisão preventiva revogada pelo ministro Dias Toffoli. 'Sou inocente, isso vai ficar demonstrado', disse ao sair da sede da PF em SP

Ex-ministro Paulo Bernardo deixa sede da Polícia Federal, em São Paulo
Ex-ministro Paulo Bernardo deixa sede da Polícia Federal, em São Paulo.
O ex-ministro Paulo Bernardo deixou na noite desta quarta-feira a sede da Polícia Federal em São Paulo, onde estava preso desde a última quinta. Alvo da Operação Custo Brasil, que investiga um esquema de desvios de 100 milhões de reais no Ministério do Planejamento, Paulo Bernardo foi beneficiado por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou "constrangimento ilegal" e revogou sua prisão. Após a determinação do STF, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, responsável pelos processos da Custo Brasil, mandou soltar outros sete alvos da operação. Dois investigados seguem presos.
"Sou inocente, isso vai ficar demonstrado", afirmou o ex-ministro ao sair da sede da PF, por volta das 22h30. Paulo Bernardo disse ainda que sua prisão "não era necessária". "Eu estava em local encontrável, me coloquei à disposição da Justiça várias vezes." Sobre as suspeitas de que teve despesas pagas com propina, ele afirmou: "Isso não procede, não tem o menor cabimento. Minhas despesas pessoais são pagas com meu salário".
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Juiz proíbe Paulo Bernardo de deixar o país
Apesar da soltura, Paulo Bernardo terá de cumprir medidas cautelares determinadas pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo. O ex-ministro terá de comparecer quinzenalmente à Justiça, não pode entrar em contato com os demais investigados, está proibido de deixar o país sem autorização judicial, deve entregar o passaporte às autoridades e ainda ficará impedido de exercer cargos públicos.
Após a ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo, o magistrado de São Paulo soltou, além de Paulo Bernardo, outros sete alvos da Custo Brasil: o ex-secretário de Gestão municipal de São Paulo Valter Correia da Silva, os advogados Guilherme Gonçalves, Daisson Silva Portanova e Emanuel Dantas do Nascimento, e os empresários Joaquim José Maranhão da Câmara, Washington Luiz Viana e Dércio Guedes de Souza. O último também já havia obtido uma decisão favorável de Toffoli no início da noite desta quarta.
Outros dois investigados na operação, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e o ex-servidor do Planejamento Nelson Luiz Oliveira Freitas, devem continuar presos por terem tentado interferir em acordos de delação premiada. Além de Ferreira e Freitas, continua preso o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto que, além de ter sido alvo de mandado de prisão em São Paulo, está detido em Curitiba por causa da Lava Jato.
Custo Brasil - Deflagrada na quinta-feira passada, a Operação Custo Brasil apura o desvio de cerca de 100 milhões de reais de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento durante a gestão de Paulo Bernardo na pasta, entre 2005 e 2011. A pilhagem dos recursos dos funcionários públicos endividados se dava por meio da empresa Consist, contratada pelo Planejamento para gerir os empréstimos, que cobrava 1 real mensal de cada servidor por um serviço que custaria normalmente 30 centavos. As investigações apontam indícios de que o ex-ministro, que teria recebido cerca de 6 milhões de reais do esquema por meio do advogado Guilherme Gonçalves, irrigou o caixa dois do PT e de campanhas petistas, como a da sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), com o dinheiro roubado.
(Da redação)

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