Paulo Bernardo deixa a prisão após decisão do STF
Alvo da Operação Custo Brasil, petista teve a prisão preventiva revogada pelo ministro Dias Toffoli. 'Sou inocente, isso vai ficar demonstrado', disse ao sair da sede da PF em SP
"Sou inocente, isso vai ficar demonstrado", afirmou o ex-ministro ao sair da sede da PF, por volta das 22h30. Paulo Bernardo disse ainda que sua prisão "não era necessária". "Eu estava em local encontrável, me coloquei à disposição da Justiça várias vezes." Sobre as suspeitas de que teve despesas pagas com propina, ele afirmou: "Isso não procede, não tem o menor cabimento. Minhas despesas pessoais são pagas com meu salário".
Toffoli revoga prisão do ex-ministro Paulo Bernardo
Juiz manda soltar outros sete alvos da Custo Brasil
Juiz proíbe Paulo Bernardo de deixar o país
Após a ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo, o magistrado de São Paulo soltou, além de Paulo Bernardo, outros sete alvos da Custo Brasil: o ex-secretário de Gestão municipal de São Paulo Valter Correia da Silva, os advogados Guilherme Gonçalves, Daisson Silva Portanova e Emanuel Dantas do Nascimento, e os empresários Joaquim José Maranhão da Câmara, Washington Luiz Viana e Dércio Guedes de Souza. O último também já havia obtido uma decisão favorável de Toffoli no início da noite desta quarta.
Outros dois investigados na operação, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e o ex-servidor do Planejamento Nelson Luiz Oliveira Freitas, devem continuar presos por terem tentado interferir em acordos de delação premiada. Além de Ferreira e Freitas, continua preso o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto que, além de ter sido alvo de mandado de prisão em São Paulo, está detido em Curitiba por causa da Lava Jato.
Custo Brasil - Deflagrada na quinta-feira passada, a Operação Custo Brasil apura o desvio de cerca de 100 milhões de reais de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento durante a gestão de Paulo Bernardo na pasta, entre 2005 e 2011. A pilhagem dos recursos dos funcionários públicos endividados se dava por meio da empresa Consist, contratada pelo Planejamento para gerir os empréstimos, que cobrava 1 real mensal de cada servidor por um serviço que custaria normalmente 30 centavos. As investigações apontam indícios de que o ex-ministro, que teria recebido cerca de 6 milhões de reais do esquema por meio do advogado Guilherme Gonçalves, irrigou o caixa dois do PT e de campanhas petistas, como a da sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), com o dinheiro roubado.
(Da redação)
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