Pular para o conteúdo principal

Moro tentou por duas vezes, sem sucesso, intimar mulher de Cunha no Rio

Cláudia Cruz informou à Justiça Federal que está morando temporariamente em Brasília, junto do marido, na residência oficial do presidente da Câmara

Claudia Cruz, esposa do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Claudia Cruz, esposa do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ré na Operação Lava Jato(Folhapress)
A Justiça Federal do Paraná, onde correm os processos da Operação Lava Jato, tentou por duas vezes, sem sucesso, intimar a jornalista Cláudia Cruz, esposa do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na ação penal que ela responde por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A partir intimação, o réu deve apresentar resposta nos autos do processo.
O juiz federal Sergio Moro, que aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Cláudia Cruz no último dia 9, registrou nesta terça-feira que a Justiça Federal do Rio de Janeiro expediu um mandado de citação destinado ao endereço da família Cunha na Zona Oeste do Rio nos dias 14 e 17 de junho, sem que a mulher do presidente afastado da Câmara fosse encontrada em nenhuma das diligências.
"Conforme ainda relatado, em uma das oportunidades, o caseiro da residência teria informado que a denunciada estaria residindo em Brasília, no imóvel funcional da presidência da Câmara dos Deputados", relatou Moro, que determinou a expedição de uma nova carta precatória, desta vez destinada ao endereço atual da jornalista.
No início da noite desta terça-feira, os advogados de Cláudia Cruz enviaram uma petição a Moro para que "não haja qualquer dúvida quanto ao paradeiro" de sua cliente. A defesa afirma que entrou em contato com o oficial de Justiça e que Cláudia pode ser encontrada na residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, "a qualquer tempo, em especial nos dias úteis durante o horário comercial".
Denúncia - Na denúncia do Ministério Público, feita depois que as investigações contra Cláudia Cruz foram desmembradas das apurações a respeito de Cunha, a jornalista é acusada de esconder recursos de propina em uma conta secreta no exterior da qual era beneficiária final e utilizar o dinheiro para pagamentos e gastos de luxo.
De acordo com os procuradores da Lava Jato, o empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira pagou propina ao peemedebista para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin, na África. Ao todo, teriam sido pagos a Cunha 1,311 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. Na transação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário no acerto dos valores.
Os investigadores apontam que parte da propina acabou remetida a contas no exterior registradas em nome de offshores ou trusts, que alimentavam o cartão de crédito utilizado por Cláudia Cruz em compras de artigos de luxo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p