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Moro reabre ação que envolve executivos da Andrade Gutierrez

Juiz Federal responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba suspendeu o processo em fevereiro, quando os executivos da empreiteira haviam assinado acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal

Otávio Marques de Azevedo durante depoimento no auditório da Justiça Federal, em Curitiba (PR), na manhã desta segunda-feira (31)
Otávio Marques de Azevedo durante depoimento no auditório da Justiça Federal, em Curitiba (PR)(VEJA.com)
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, reabriu nesta terça-feira a ação penal que tem no banco dos réus executivos da Andrade Gutierrez. No início de fevereiro, quando os membros da empreiteira assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Moro havia suspendido o processo, que está na fase de alegações finais.
Ainda que não tenha recebido na íntegra os depoimentos das delações, mas apenas algumas cópias enviadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Moro decidiu retomar a ação e quer interrogar cinco réus que firmaram acordos de colaboração com o Ministério Público Federal, homologados pelo STF em abril.
Os ex-executivos da empreiteira Antônio Pedro Campelo de Souza, Elton Negrão e Flávio Machado deverão falar ao juiz federal no dia 25 de julho, enquanto o ex-presidente da holding Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e o ex-executivo Paulo Dalmazzo serão ouvidos por Sergio Moro no dia 28 de julho. "Quanto aos demais acusados, faculto a possibilidade de serem também reinterrogados se assim o requererem com antecedência de 10 dias das audiências", escreveu Moro.
LEIA MAIS:
Delação de executivos da Andrade Gutierrez aponta propina de R$ 150 mi em Belo Monte
Conforme VEJA revelou em março, Azevedo contou em sua delação premiada que a propina era a regra em qualquer setor nos governos petistas, e não apenas na Petrobras. Nos depoimentos prestados pelo empreiteiro aos investigadores da PGR foram descritas transações associadas ao nome de alguns dos políticos mais influentes do país. Estão envolvidos ex-ministros, ex-governadores e parlamentares.
No governo Lula, segundo ele, cobrava-se propina de 1% a 5% das empreiteiras interessadas em participar dos consórcios que executavam as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O negociador do pacote de corrupção, de acordo com o empreiteiro, era o ex-ministro Ricardo Berzoini.
Por propinas em obras de estádios da Copa do Mundo, Azevedo incluiu em seu acordo cinco ex-governadores de Estados que sediaram o Mundial: José Roberto Arruda (então no DEM) e Agnelo Queiroz (PT), responsáveis pelas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, Eduardo Braga (PMDB), ex-governador do Amazonas, e Omar Aziz (PSD), hoje senador.

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