Pular para o conteúdo principal

Pesquisa mostra que, mesmo na crise, metade dos brasileiros doou dinheiro em 2015

Os dados fazem parte da Pesquisa Doação Brasil, e mostram que 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação

Cédulas de Real
No ano passado, 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação (/VEJA)
No ano passado, mesmo com a crise que assola o País, 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação. Desses, 62% doaram bens, 52% doaram dinheiro e 34% doaram seu tempo para algum trabalho voluntário. Considerando apenas os que doaram dinheiro para organizações sociais, o índice chega a 46%. Em 2015, as doações individuais dos brasileiros totalizaram R$ 13,7 bilhões, valor que corresponde a 0,23% do PIB brasileiro. Os dados fazem parte da Pesquisa Doação Brasil, divulgada nesta semana pelo Instituto pelo Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS).
De acordo com a diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, esses resultados integram o mais completo estudo já feito no Brasil sobre o perfil do doador brasileiro. A ideia é que a Pesquisa Doação Brasil se repita com uma frequência entre três e cinco anos para um acompanhamento da evolução da cultura de doação no País.
O levantamento, encomendado ao Instituto Gallup e coordenado pelo IDIS, entrevistou duas mil pessoas, com 18 anos ou mais, residentes em áreas urbanas e com renda familiar mensal a partir de um salário mínimo.
"A Pesquisa Doação Brasil revela um retrato jamais visto, que servirá de base para uma grande campanha pela cultura de doação no País", avalia Paula Fabiani. Na mostra, o Sudeste aparece em primeiro lugar no ranking, concentrando 43,5% dos doadores, seguido pelo Nordeste com 31%, Sul com 13%, Norte com 6,5% e Centro Oeste com 6%. A maioria dos entrevistados, 36%, realizou uma doação por mês ao longo do ano passado. Essas doações se concentraram na faixa de R$ 20 a R$ 40 mensais, totalizando, portanto, de R$ 240 a R$ 480 ao ano.
A pesquisa apurou que as mulheres doam para organizações com mais frequência que os homens, 49% contra 42%. E o perfil típico do doador brasileiro é mulher com instrução superior, praticante de alguma religião, moradora das regiões Nordeste ou Sudeste e com renda individual e familiar acima de 4 salários mínimos. Três grandes temas sensibilizam o doador em dinheiro, indica a mostra: em primeiro lugar é a saúde, com 40% das respostas, crianças ocupam a segunda colocação, com 36%, seguidas por combate à fome e à pobreza, com 29%.
Cerca de 80% dos entrevistados revelaram não se deixar levar pela emoção na hora de doar e apenas 20% admitiram praticar a doação por impulso. "Esse resultado é muito positivo para nós, afinal prova que o brasileiro tem grande consciência na hora de doar", afirma Paula Fabiani. E complementa que a principal razão para uma pessoa doar dinheiro é a solidariedade com os mais necessitados, indicando que existe uma forte ligação entre o ato de doar e a gratificação emocional.
A Pesquisa Doação Brasil mostrou também que a religião exerce uma forte influência no hábito de doar dos brasileiros. Entre os que se declaram católicos na pesquisa, 51% praticam a doação em dinheiro. Entre os espíritas, esse porcentual chega a 58%. Entre os evangélicos entrevistados, 45% disseram fazer doação em dinheiro. Não foram considerados na mostra os dízimos ou mensalidades destinadas pelos fiéis às suas associações. Outro dado da pesquisa é que quanto maior a faixa etária, maior a incidência das doações. O mesmo foi registrado em relação ao grau de instrução. Pessoas com nível superior, de acordo com a mostra. praticam mais doação em dinheiro.
(Com Estadão Conteúdo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p