Defesa pede suspensão da investigação e revogação da prisão de Paulo Bernardo
Advogados do ex-ministro dos governos Lula e Dilma querem que o caso dele seja julgado pelo Supremo. Argumento é o de que a Polícia Federal vincula a atuação de Bernardo no esquema de corrupção à da sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que tem foro privilegiado
A tese dos advogados de defesa é a de que a Operação Custo Brasil "atinge diretamente" Gleisi Hoffmann, que frequentemente nas investigações é relacionada a Paulo Bernardo no esquema de cobrança de propina por meio da empresa Consist. "Se a investigação atribui ao reclamante [Paulo Bernardo] praticar fatos em concurso com quem ostenta foro por prerrogativa, é direito seu, em face do devido processo legal, pleitear que o inquérito tramite em seu juízo natural, ou seja, perante o Supremo Tribunal Federal", dizem os advogados.
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"A investigação trata Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann sempre, invariavelmente, como coautores dos mesmos fatos, buscando claramente caracterizar uma espécie de permanente e indivisível 'concurso necessário' entre eles, (...) o que leva à atração do feito ao Egrégio Supremo Tribunal Federal, por força da prerrogativa de foro da Senadora da República", diz a defesa.
Investigadores da força-tarefa que combatem o escândalo do petrolão já haviam encontrado indícios de que o casal Gleisi-Paulo Bernardo foi beneficiário de dinheiro sujo movimentado no escândalo do petrolão pela empresa Consist. As suspeitas ganharam força depois de a Polícia Federal e o Ministério Público terem rastreado as movimentações do advogado e ex-vereador Alexandre Romano, conhecido como Chambinho e delator da Lava Jato. O MP diz que Bernardo embolsou 7 milhões de reais em propina.
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