Janot pede para a PF apurar vazamento de pedidos de prisão da cúpula do PMDB
Agora, cabe ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, abrir a investigação; esta não é a primeira vez que Janot pede apurações sobre vazamentos de informações sigilosas da Lava Jato
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um ofício à Polícia Federal solicitando a abertura de um inquérito para apurar o vazamento de informações sobre os pedidos de prisão da cúpula do PMDB, que foram revelados pelo jornal O Globo na semana passada. Agora, caberá ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, dar início ao procedimento.
Na última sexta-feira, em um duro discurso, Janot negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos e chamou de "levianas" as acusações de que as informações saíram do órgão como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir os pedidos prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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Essa não é a primeira vez que o procurador-geral da República pede para que se apure quem foram os responsáveis por vazamentos de dados sigilosos da Operação Lava Jato. A PF, por exemplo, já abriu inquérito para investigar o vazamento da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC.
Janot apontou que a teoria foi disseminada por "figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter o decoro". "O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: A quem esse vazamento beneficiou? O Ministério Público que não foi", disse ele, na semana passada.
No dia em que os pedidos vieram à tona, em 7 de junho, o ministro do STF Gilmar Mendes classificou os vazamentos como "uma brincadeira com o STF". Segundo o ministro, os responsáveis pelo vazamento estão "cometendo crime" e "têm que ser chamados às falas". Os pedidos de prisão estão há cerca de três semanas com o ministro Teori Zavascki, responsável pelas ações da Lava Jato no Supremo
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