Aposentados vão ao STF contra o adiamento do pagamento de metade do 13º
Governo deveria fazer o pagamento ainda em agosto, mas adiou por dificuldades em obter recursos para honrar o compromisso
O órgão reclama da decisão do governo, ainda não oficializada, de não seguir o que vem sendo feito há nove anos e pede que a antecipação seja garantida como um preceito fundamental dos beneficiários. Embora não seja obrigatório, o adiantamento de 50% do valor do 13º salário tem sido feito pelo governo desde 2006, após acordo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com centrais sindicais. No ano passado, a Previdência transferiu 13,9 bilhões de reais para a antecipação para aposentados e pensionistas. 27 milhões de beneficiários receberam a antecipação.
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No documento, o sindicato argumenta que os aposentados e pensionistas já contam com o valor para sua subsistência. "O acordo que garante a antecipação do abono salarial dos aposentados e pensionistas no mês de agosto de cada ano vem sendo cumprido desde 2006, inclusive de forma tácita, desde 2010, de modo que já incorporou o patrimônio jurídico destes se tornando um direito adquirido", diz o pedido.
O sindicato reforça que representa interesses de 30 milhões de aposentados e que o não pagamento da antecipação da parcela poderá gerar um cenário de "insegurança jurídica" e deixar de injetar bilhões na economia do país.
Ministros ainda trabalham para convencer a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para que o adiantamento da parcela seja pago ainda este mês. "Há um grande movimento para que o governo tente pagar ainda este mês", disse uma fonte ligada ao assunto. Contudo, o governo ainda não encontrou uma solução para o problema orçamentário.
Como publicou o jornal "O Estado de S. Paulo", a dificuldade enfrentada pelo governo em fechar as contas fez com que fosse tomada a decisão de não pagar o adiantamento do 13.º salário de aposentados e pensionistas do INSS. Contudo, a medida ainda não foi anunciada oficialmente. A decisão foi tomada em meio a divergências entre Levy e o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas. O mandatário da Fazenda não quis assinar o pagamento devido aos resultados fiscais ruins nos últimos meses.
(Com Estadão Conteúdo)
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