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Roberto Setubal defende a permanência de Dilma Rousseff na presidência

Presidente do Itaú Unibanco diz que nada do que viu até agora justificaria um processo de impeachment

Roberto Setúbal, presidente do Banco Itaú-Unibanco
Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco .
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada neste domingo, o banqueiro e presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, declarou que não há motivos para tirar Dilma Rousseff do cargo. Para o empresário, o impeachment criaria uma instabilidade ruim para a democracia do país. Declarou Setubal à Folha: "Nada do que vi ou ouvi até agora me faz achar que há condições para um impeachment. Por corrupção, até aqui, não tem cabimento. Não há nenhum sinal de envolvimento dela (Dilma) com esquemas de corrupção". Mesmo as pedaladas fiscais, na opinião de Setubal, não seriam motivo para tirar a presidente do poder.
O banqueiro ainda afirmou que a presidente tem crédito por permitir a apuração dos casos: "Era difícil imaginar, no Brasil, uma investigação com tanta independência". Em relação à crise econômica, Roberto Setubal se mostrou relativamente otimista. Apesar dos economistas do próprio banco terem estimado queda de 1% do PIB, no ano que vem, o empresário afirmou não ter certeza de um crescimento negativo em 2016. "O ministro Joaquim Levy está fazendo as coisas certas, mas os efeitos positivos ainda não vieram. A saída da crise será longa, nosso período de recuperação será lento", disse. Por fim, Setubal defendeu as reformas política e trabalhista: "Criou-se uma indústria de ação trabalhista no Brasil, que é um negócio que precisa ser repensado

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