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Aécio convoca oposição para blindar tribunais da pressão do governo

Senador mineiro afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso verbalizou o desejo de 'milhões de brasileiros' ao defender a renúncia de Dilma

Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou nesta terça-feira que partidos de oposição, setores independentes do PMDB e juristas devem se reunir nos próximos dias para avaliar a conjuntura política após os protestos do último domingo contra a presidente Dilma Rousseff. Uma das medidas discutidas pelos partidos é adotar estratégias para tentar blindar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra ingerências do Palácio do Planalto. As duas cortes vão julgar processos que, nos limites, podem levar à saída da petista do poder. O anúncio ocorre um dia depois de Aécio ter almoçado com Fernando Henrique Cardoso e do próprio ex-presidente ter defendido publicamente a renúncia de Dilma como uma saída para minimizar a crise no país.
"Nesse instante, é absolutamente fundamental que todos nós voltemos nossos olhos para a ação dos nossos tribunais, seja o Tribunal de Contas da União, seja o TSE, para que não sofram qualquer tipo de constrangimento. A opinião pública do Brasil repudiou no último domingo e repudiará de forma veemente qualquer tentativa de acordo, se ele realmente houver, que signifique manietar e constranger nossas cortes", disse Aécio.
"Para nós do PSDB, a solução será dada pela Constituição. Existem ações nos tribunais e estaremos dando prioridade à blindagem desses tribunais contra qualquer tipo de constrangimento. Dilma acha que é presidente mas não governa mais o Brasil", afirmou. "Vamos examinar todas as alternativas e, amparados pelos juristas ligados ao PSDB, estaremos definindo de que forma vamos agir nas próximas semanas. O sentimento que colhemos é que esse governo perdeu na alma, no coração dos brasileiros quaisquer condições de permitir a retomada do crescimento, a recuperação do emprego, o controle da inflação e a recuperação da economia brasileira."
Pela primeira vez desde o início dos protestos contra a gestão Dilma, o PSDB participou ativamente dos manifestos, colocando deputados e senadores nas ruas. "O PSDB vem acompanhando desde o início esses protestos. Nossa ausência nos primeiros protestos tinha um sentido: darmos a oportunidade que a população percebesse que não são manifestações organizadas por partidos e com objetivos que sejam menores. Hoje todos sabemos que esses movimentos são da sociedade brasileira e o PSDB, enquanto parcela dessa sociedade, se fez presente e foi imensamente bem recebido. Temos que dar encaminhamento a esse sentimento sempre dentro do que preveem a Constituição e a lei", disse o presidente do PSDB.
Aécio Neves ainda defendeu a manifestação de FHC favorável à renúncia da presidente Dilma e disse que o líder tucano apenas verbalizou o desejo de "milhões de brasileiros". "A presidente Dilma pensa que é presidente, mas ela não é mais presidente da República porque teve que delegar a condução da economia, a condução da política e agora sequer tem iniciativa na agenda do país. O PSDB não fugirá a essa conexão de ser intérprete desse sentimento que tomou as ruas de todo o Brasil", resumiu.
 

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