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O plano de Marcelo Odebrecht para revelar suas doações a políticos

Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20)
Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht SA(Press/Folhapress)
Poucos meses antes de ser preso, o executivo Marcelo Odebrecht cogitou colocar em prática uma estratégia para esclarecer a participação da empresa nas doações de campanha - as oficiais, pelo menos. Marcelo encomendou a criação de um portal em que a empreiteira revelaria quanto doou para cada candidato (deputados, senadores, governadores e presidente) nas últimas eleições. As doações seriam discriminadas entre candidatos e diretórios de partidos. O centro da estratégia era desviar parte do foco da Lava Jato para o núcleo político, num momento em que lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia perdido destaque na imprensa. Em segundo plano, a ideia era mostrar quanto dinheiro proveniente dos cofres da empresa pingou na conta de candidatos que batiam no peito ao dizer que não aceitavam doações de empreiteiras. Indícios dessa movimentação vieram à tona no início desta semana, nas anotações de Marcelo apreendidas pela Polícia Federal, em que o empresário deu ordens, não explicadas, para "vazar doação campanha". Em outro trecho, pede que sua equipe produza um relatório com todas as doações eleitorais da Odebrecht desde 2006, e quem as definia - o objetivo, escreveu, era se antecipar e mostrar que os funcionários da empresa que se relacionavam com a Petrobras não tinham relação com as doações a políticos. Com a prisão do executivo, tudo indica, os trabalhos do portal foram paralisados. (Ana Clara Costa, de São Paulo)
Atualizada às 16h02, em 23/07/2015
A companhia informou, em nota, que "as empresas da Odebrecht realizam doações para campanhas e partidos políticos respeitando a legislação vigente", e que "as doações feitas pela Odebrecht são sempre devidamente registradas nos cartórios eleitorais".

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