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Recuo no ajuste fiscal faz dólar disparar e bolsa fechar em queda de 2,18%

Moeda americana encosta em R$ 3,30, enquanto Bovespa despenca, impactada por reação indigesta dos mercados ao corte da meta fiscal

Pregão eletrônico da Bovespa em São Paulo
Pregão eletrônico da Bovespa em São Paulo.
Os mercados reagiram mal ao anúncio da revisão da meta fiscal, na noite de quarta-feira. O dólar disparou logo na abertura do pregão e encostou em 3,30 reais nesta quinta-feira, maior patamar em quatro meses, enquanto a bolsa de valores fechou em queda de 2,18%, aos 49.806 pontos.
O dólar avançou 2,17%, a 3,295 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 19 de março, quando a divisa ficou em 3,296 reais. Com isso, a moeda norte-americana voltou a se aproximar das máximas em doze anos atingidas pela última vez em março.
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O mercado teme que o país, depois de esperado rebaixamento pela Moody's e pela Fitch, receba perspectiva negativa de alguma das agências. Com isso, ficaria na iminência de perder seu cobiçado grau de investimento. A Moody's deve manifestar-se sobre a nota brasileira em breve após visita ao país na semana passada.
Na véspera, o governo reduziu a meta de superávit primário deste ano para 8,74 bilhões de reais, ou 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 66,3 bilhões de reais (1,1% do PIB), previstos até então. Além disso, abriu a possibilidade de abater até 26,4 bilhões de reais que, no limite, pode até gerar novo déficit.
As metas para 2016 e 2017, por sua vez, caíram para o equivalente a 0,7% e 1,3% do PIB, respectivamente. O objetivo anterior para cada um desses anos era de 2% do PIB, percentual que agora só deverá ser alcançado em 2018.
Operadores também entenderam que a decisão representou uma derrota para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em seus esforços para reequilibrar as contas públicas brasileiras. "Se parecer que o Levy vai continuar perdendo as batalhas, o mercado vai começar a colocar no preço a possibilidade de ele sair do governo, e aí sim o dólar explode", disse o operador de um importante banco internacional.
Nesse quadro, o dólar chegou a atingir 3,299 reais na máxima desta sessão, debatendo-se com resistência no patamar de 3,30 reais. Segundo operadores, alguns investidores não acreditam que a divisa encontrará forças para superar esse patamar e, por isso, aproveitaram os avanços para vender.
(Com Reuters)

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