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Defesa de Odebrecht pede mais tempo para explicar anotações cifradas

Dados encontrados nos celulares do empreiteiro mostram um amplo leque de políticos e estratégias para tentar confrontar a Operação Lava Jato

Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20)
Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (Reuters)
A defesa do executivo Marcelo Odebrecht encaminhou nesta quarta-feira ao juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na primeira instância, pedido de ampliação de prazo para explicar as anotações cifradas feitas pelo executivo em seus telefones. A data final para as explicações vence amanhã, mas os advogados de Odebrecht pediram que seja concedido "prazo razoável" para a apresentação dos esclarecimentos.
No pedido, os advogados alegam que exatamente na quinta-feira terão a audiência semanal com o executivo e nesta reunião poderão colher explicações sobre o episódio. "O prazo assinalado, a toda evidência, não pode ser cumprido, na medida em que os esclarecimentos a serem prestados versam sobre anotações que estariam armazenadas em telefone do peticionário, e das quais a defesa jamais teve conhecimento, razão pela qual, por óbvio, delas não pode tratar sem no mínimo antes conversar com Marcelo", diz a defesa.
Relatório da Polícia Federal com base em mensagens extraídas do celular de Marcelo Odebrecht revelam o amplo leque de políticos com os quais ele tinha contato e seu esforço para utilizar siglas e mensagens codificadas para anotar as ações. De acordo com o documento, Odebrecht lançou mão de uma estratégia de confrontar as investigações da Lava Jato que contaria com "policiais federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio estratégico de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ataques às apurações internas da Petrobras. A PF avalia que o objetivo do empreiteiro buscava criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça" contra a operação.
Ao analisar o caso, o juiz Sergio Moro classificou como "perturbador" um trecho das anotações cifradas encontradas pela Polícia Federal no telefone de Odebrecht. Por causa da "gravidade" dos apontamentos, Moro havia dado prazo de 48 horas para que os advogados do empreiteiro e também dos diretores Márcio Faria e Rogério Araújo prestassem esclarecimentos sobre as mensagens.

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