PF pede transferência de Odebrecht e mais 7 para presídio
Policiais alegam ao juiz federal Sergio Moro que a carceragem onde estão os presos é para situações provisórias e detidos em flagrante
Depois de pouco mais de um mês detidos na carceragem da Polícia Federal no Paraná, executivos e ex-funcionários das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht podem ser transferidos para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, presídio na região metropolitana de Curitiba onde está detida boa parte dos presos da Operação Lava Jato. O pedido para a transferência de Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar, César Rocha, Elton Negrão, João Antonio Bernardo, Márcio Faria, Rogério Araújo e do presidente da Andrade, Otávio Marques de Azevedo, foi apresentado pela PF ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. LEIA TAMBÉM: Moro diz que anotações de Odebrecht são 'perturbadoras' Polícia Federal indicia Marcelo Odebrecht e mais 7 executivosNo pedido, a Polícia Federal afirma que, embora os executivos tenham preferido se manter em silêncio nos interrogatórios a que foram submetidos, eles ainda devem permanecer presos. A PF diz que a carceragem em Curitiba, para onde os empresários foram levados em 19 de junho, é um local destinado a presos transitórios ou detidos em flagrante. "As instalações são limitadas, sendo capaz de absorver um pequeno número de presos, e a manutenção destes nas celas dificulta a operacionalização das autuações em flagrante e fragiliza a segurança do local em alguns momentos de excesso de custodiados", afirmou o delegado Igor Romário de Paula.
O Complexo Médico-Penal já abriga, entre outros, os ex-deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, todos detidos por suspeitas de integrar o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras.
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