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Suíça oferece trabalho na prisão a José Maria Marin

Ex-presidente da CBF poderia atuar em setor de etiquetagem, correio ou na cozinha da penitenciária, enquanto aguarda decisão sobre extradição

Presidente da CBF José Maria Marin
Ex-presidente da CBF José Maria Marin está detido em uma prisão suíça desde o fim de maio(/Reuters)
A administração da prisão suíça onde o ex-presidente da CBF José Maria Marin está preso ofereceu a ele e aos outros dirigentes detidos desde o fim de maio um trabalho para ajudar a passar o tempo. Marin poderia atuar em um setor de etiquetagem, preencher endereços em pacotes para os serviços de correio ou até mesmo ser ajudante de cozinheiro. Por dia, o ex-presidente da CBF receberia até 60 reais pelos trabalhos prestados.
Nem a administração nem os advogados confirmaram se Marin aceitou a oferta de emprego, mas a proposta foi feita a todos os seis dirigentes de futebol detidos nos arredores de Zurique e que aguardam uma decisão sobre a eventual extradição aos Estados Unidos. Preso desde o dia 27 de maio, Marin se recusou a ser enviado de forma voluntária para os Estados Unidos, onde é acusado de corrupção e pode pegar até 20 anos de prisão. Entre as acusações está a de ter recebido pelo menos 3 milhões de dólares por edição da Copa América, até 2019, além de um porcentual de 2 milhões de reais por edição da Copa do Brasil.
Leia também:
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EUA querem propor acordo de delação premiada a Marin
Como o processo sobre a extradição pode ser longo, a administração carcerária suíça decidiu oferecer alternativas aos prisioneiros. Pelas regras, eles passam 23 horas do dia dentro da cela e apenas uma fora. Aceitar um emprego de etiquetagem, por exemplo, faria com que Marin pudesse deixar o pequeno espaço por mais tempo. O trabalho, porém, seria feito dentro da própria prisão. Em sua cela, Marin tem uma televisão e pode ler livros da biblioteca do local, mas não tem celular nem internet.
Em agosto, a Suíça deve anunciar a sua primeira decisão sobre o dirigente de 83 anos. Caso seja feito um pedido de extradição, o brasileiro ainda poderá recorrer a duas instâncias, o que atrasaria uma definição até o fim do ano. Seus advogados revelaram em maio que vão recorrer até onde for possível para tentar evitar a ida do ex-dirigente aos Estados Unidos. A Justiça americana espera que Marin aceite colaborar com as investigações, na forma de delação premiada, o que reduziria sua pena.
(com Estadão Conteúdo)

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