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A queda de braço dos advogados de Léo Pinheiro

Defensores do empreiteiro divergem sobre a conveniência de o amigo de Lula fechar acordo de delação com a Justiça

Léo Pinheiro, diretor afastado da OAS
Léo Pinheiro, diretor afastado da OAS(Conteúdo)
Em uma conversa com pessoas próximas, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro avaliou que são praticamente inexistentes as chances de a Lava Jato vir a ser anulada na Justiça. Essa possibilidade chegou a ser usada como argumento por alguns advogados da empreiteira que consideram que Pinheiro deve continuar calado. Outros defensores, mesmo não tendo simpatia pela ideia da delação, mostraram ao executivo que esta seria a única chance de ele evitar terminar seus dias encarcerado e quebrado financeiramente.
Avaliam que o acordo livraria Pinheiro de uma condenação em regime fechado, daria margem para a negociação de uma multa mais branda e aumentaria suas chances de continuar trabalhando -- como consultor, não mais como presidente. O executivo da OAS tem três bancas encarregadas da sua defesa -- em São Paulo, Curitiba e Brasília.
Ontem, a equipe de Curitiba, contrária à delação, divulgou uma nota em que nega "respeitosamente" que o cliente tenha intenção de fechar um acordo com a Justiça em troca de redução da pena, como revelou reportagem de VEJA desta semana. "Se negociaram a delação do Léo sem eu saber, abandono a defesa dele, porque sou radicalmente contra isso", afirmou a VEJA o advogado Edward Carvalho, um dos que assinam a nota. As tratativas do acordo de Pinheiro estão sendo feitas na Procuradoria Geral da República em Brasília. Além de informações sobre a participação no petrolão do ex-presidente Lula, de quem é amigo, o ex-presidente da OAS prometeu entregar ao Ministério Público uma lista de políticos beneficiados pelo esquema

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