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Obama critica comentários "ridículos" de candidatos republicanos

Durante visita à Etiópia, presidente americano reagiu a discursos de Donald Trump, Mike Huckabee e Ted Cruz

Barack Obama durante discurso na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos
Obama critica comentários e ataques de pré-candidatos republicanos(Reuters)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta segunda-feira os "ridículos" e "tristes" comentários feitos por pré-candidatos republicanos à Casa Branca como Donald Trump, Mike Huckabee e Ted Cruz, e os considerou parte de uma agenda do Partido Republicano de recorrer a "ataques degradantes" para conseguir atenção.
Durante sua visita à Etiópia, Obama reagiu a um comentário de Huckabee, que disse que, diante do acordo nuclear com o Irã, o presidente americano pretendia "agarrar os israelenses e basicamente levá-los à porta do forno", em uma alusão aos crematórios usados nos campos de concentração nazistas.
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"Acredito que os comentários particulares do senhor Huckabee são parte de uma pauta geral, que poderíamos considerar ridícula se não fosse tão triste", disse Obama em entrevista coletiva oferecida junto com o presidente etíope, Hailemariam Desalegn.
Obama sugeriu que Huckabee, ex-governador do Arkansas e pré-candidato republicano nas eleições de 2016, estaria tentando tomar o lugar de Trump, que cresceu nas pesquisas de intenção de voto.
O presidente americano não se referiu diretamente aos comentários de Trump sobre os imigrantes mexicanos, tachados de "estupradores", "narcotraficantes" e "criminosos". No entanto, lamentou que quando Trump criticou em meados deste mês o senador republicano John McCain por ter sido "capturado" e feito prisioneiro de Guerra do Vietnã, "o Partido Republicano se indignou, mas essas mesmas pessoas ficaram caladas" quando o magnata fez "comentários atrozes" sobre o próprio Obama.
"Estamos criando uma cultura que não conduz a uma boa política, e o povo americano merece algo melhor. Certamente os debates presidenciais deveriam ser melhores", afirmou.
Obama lembrou que em 18 meses, em janeiro de 2017, entregará "as chaves" da Casa Branca para seu sucessor, e quer que seja alguém que "seja sério sobre os problemas que o país e o mundo enfrentam e isso requer, tanto dos republicanos como dos democratas, um sentido de seriedade, de decoro e de honestidade".
O presidente americano lamentou que "um senador na ativa", o republicano Tom Cotton, "chame (o secretário de Estado americano) John Kerry de Pôncio Pilatos", e que o senador e pré-candidato republicano Ted Cruz sugira que Obama, e não o Irã, "é o principal Estado patrocinador do terrorismo".
"Esses são líderes do Partido Republicano", assinalou Obama. "E o que historicamente tornou os Estados Unidos grande, no tocante à política externa, foi um reconhecimento que estes assuntos de guerra e paz são tão sérios, com consequências tão graves, que não podemos jogar com eles assim".
Obama opinou que os "ataques pessoais" lançados pelos principais pré-candidatos republicanos sobre o acordo nuclear alcançado este mês com o Irã "não ajudam a informar o povo americano".
(Com EFE)

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