Pular para o conteúdo principal

Levy tentou reverter decisão da Moody's de tirar grau de investimento da Petrobras

Agência de classificação de risco foi a primeira das grandes a rebaixar as notas de crédito da estatal, em meio a escândalos de corrupção e dificuldades financeiras

Joaquim Levy, da Fazenda, foi persistente na tarefa de evitar o rebaixamento
Joaquim Levy, da Fazenda, foi persistente na tarefa de evitar o rebaixamento (/Reuters)
Depois de uma tentativa frustrada de evitar o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras, o ministro da Fazenda Joaquim Levy apelou novamente nesta terça-feira, após a agência de classificação de risco Moody’s tirar o grau de investimento da estatal. A agência foi a primeira das três principais – as outras são Fitch e Standard & Poor’s - a diminuir as notas de crédito da empresa, espécie de selo de confiança. Agora, com grau especulativo, a empresa poderá ter dificuldade em tomar crédito no mercado ou ter de pagar mais caro pelo dinheiro emprestado.
Na semana passada, Levy já havia se encontrado reservadamente com representantes da Moody's durante sua viagem à Nova York, com quem já havia falado ao telefone algumas vezes. O ministro teria garantido que se a situação se agravasse, o governo brasileiro injetaria dinheiro na Petrobras. O máximo que ele conseguiu foi adiar o anúncio. Desde janeiro a Moody's já vinha alertando que seus cálculos já indicavam rebaixamento.
Diante das denúncias de corrupção e as dificuldades financeiras que o 'petrolão' trouxe para a já frágil empresa, a agência não teve alternativa senão mostrar aos investidores que aumentou o risco de calote da Petrobras.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, na própria terça, mais cedo, já ciente do que aconteceria, Levy também tentou assegurar à agência que uma empresa do porte da Petrobras nunca daria o calote nos credores.
Persistente, Levy tentou contornar novamente a decisão nesta noite de terça-feira, após o anúncio. A pedido da presidente Dilma Rousseff, o ministro enviou à Moody's uma "carta de conforto" do governo federal, que, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, garante, novamente, que em caso de necessidade, o governo socorreria a Petrobras

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular