DNA de outra pessoa é encontrado no apartamento de Nisman
Justiça já está investigando o vestígio de material genético deixado na cena da morte do procurador-geral e pediu a convocação de Diego Lagomarsino
O promotor argentino Alberto Nisman, responsável pela investigação do atentado contra o centro da comunidade judaica Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos. (Reuters)
Estes foram os primeiros rastros de outros perfis genéticos na cena da morte. Segundo o jornal Clarín, os rastros de DNA foram encontrados em um xícara de café. A promotora Viviana Fein, responsável pelo caso, também pretende revisar os testes de varredura para encontrar vestígios de pólvora no braço e mão de Nisman. Viviana pretende ainda saber se o procurador-geral estava sozinho ou se tinha alguém com com ele no momento de sua morte.
Depois de 24 dias de investigação, ainda não é possível encontrar elementos para comprovar se a morte de Nisman foi um suicídio. Também ainda não há evidências que comprovem efetivamente um homicídio. Se a hipótese de suicídio for comprovada, o caso será encerrado. Se prevalecer a hipótese de “morte suspeita” ou homicídio, o inquérito vai sair da alçada do Ministério Público para as mãos de um juiz federal.
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O procurador foi encontrado morto em seu banheiro no dia 18 de janeiro, com um tiro na cabeça e uma pistola ao lado do seu corpo. Quatro dias antes havia apresentado uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e outros funcionários, alegando que ela encobriu iranianos suspeitos pelo atentado contra uma associação judaica em Buenos Aires no ano de 1994, e que matou 85 pessoas.
As investigações ainda não chegaram a nenhuma conclusão sobre a causa da morte de Nisman, porém, o chefe de gabinete da presidente, Aníbal Fernández, declarou que tudo indica que o procurador-geral cometeu suicídio. Até agora só Lagomarsino, analista de sistemas que trabalhava com Nisman foi acusado, mas não por assassinato. Ele emprestou a Alberto Nisman a arma que tirou sua vida.
(Com agências EFE, France-Presse e Reuters
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