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Dólar termina estável após superar a barreira dos R$ 2,90

Apesar de preocupações com a manutenção da Grécia na zona do euro e pessimismo com economia, a realização de lucros conferiu certo alívio à moeda

Dólar terminou com variação positiva de 0,01%, a 2,8792 reais na venda
Dólar terminou com variação positiva de 0,01%, a 2,8792 reais na venda 
Após ultrapassar a barreira dos 2,90 reais pela primeira vez em mais de 10 anos na manhã desta segunda-feira, o dólar fechou estável, com variação positiva de 0,01%, a 2,8792 reais na venda. Na máxima da sessão, a divisa chegou a 2,9046 reais. Na mínima, foi negociada a 2,8715 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 859 milhões de dólares.
Dúvidas sobre a permanência da Grécia na zona do euro foram compensadas, em parte, por um movimento de realização de lucros nos Estados Unidos e Europa, o que acabou retirando a pressão sobre a moeda americana. Os mercados financeiros globais têm sido pressionados por preocupações com a possibilidade de os desentendimentos entre a Grécia e seus parceiros europeus levarem à saída de Atenas da zona do euro, em mais um golpe à frágil recuperação econômica global.
Na sexta-feira, ministros das Finanças do bloco monetário chegaram a um acordo para estender o programa de resgate à Grécia por quatro meses, mas o país ainda precisa apresentar uma lista de reformas que deve ser aprovada por seus credores para o compromisso ser ratificado. A Grécia entregaria a lista nesta segunda-feira, mas uma autoridade do governo disse que o país adiou para terça a entrega do documento e que o Eurogrupo havia concordado com a mudança. "A Grécia precisa correr para assegurar o acordo. Até lá, o clima vai continuar pesado", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
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As atenções também se voltaram para a política monetária americana. Na semana passada, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) chegou a trazer alívio ao câmbio, sugerindo que o banco central dos EUA poderia não dar início ao aperto monetário em junho, mas parte do mercado interpretou que o documento estava defasado por não refletir os mais recentes indicadores econômicos.
Na terça-feira, a diretora-gerente do Fed, Janet Yellen, falará a um comitê do Senado, em um pronunciamento que pode trazer mais clareza sobre as perspectivas para o aumento de juros na maior economia do mundo, que poderia atrair para fora do Brasil recursos externos.
Por fim, investidores também seguiam mostrando preocupação com a deterioração dos fundamentos macroeconômicos do Brasil. Economistas consultados pelo Banco Central (BC) em sua pesquisa Focus reduziram novamente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, projetando contração de 0,50%, ante 0,42% na semana anterior.
Bolsa – A Bovespa fechou o primeiro pregão da semana no vermelho, com a queda das ações da Vale e da Petrobras ofuscando a forte alta dos papéis de empresas de educação e da fabricante de cigarros Souza Cruz. No fim da sessão, o Ibovespa, principal índice, recuou 0,09%, a 51.189 pontos.
(Com agência Reuters)

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