EI será derrotado’, diz Obama, ao apresentar pedido de autorização de guerra
O presidente Barack Obama pediu ao Congresso nesta quarta aval para uso de força militar contra o Estado Islâmico. Esta é a primeira vez que uma autorização de guerra é solicitada desde que os congressistas deram autoridade ao então presidente George W. Bush para travar a guerra do Iraque, em 2002.
O pedido não limita o âmbito geográfico das ações militares e prevê que o uso da força militar deverá ser concluído em um período de três anos, a menos que haja uma nova autorização. O Executivo também deverá informar o Congresso sobre o desenrolar das operações a cada seis meses.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama defendeu que a medida tornará os Estados Unidos “mais fortes” no combate aos terroristas e declarou que a campanha militar será bem-sucedida. “Não tenha dúvida de que essa é uma missão difícil e continuará difícil por algum tempo. Mas nossa coalizão está na ofensiva e o EI está na defensiva. O EI vai ser derrotado”, afirmou, tendo ao seu lado o vice-presidente Joe Biden, o secretário de Estado John Kerry e o secretário de Defesa Chuck Hagel.
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Com o equivalente a uma declaração de guerra, Obama seria autorizado a continuar a luta contra o grupo jihadista sobre uma base legal mais sólida, ao mesmo tempo em que teria uma cobertura legal no âmbito doméstico. Em uma carta aos legisladores, o presidente declarou que a concessão de mais poderes para combater o EI “mostraria ao mundo que estamos unidos em nossa determinação" para derrotar os jihadistas, que representam “uma ameaça ao povo e à estabilidade do Iraque, Síria e Oriente Médio, e à segurança dos Estados Unidos”. "Se não for controlado, o EI representará uma ameaça para além do Oriente Médio, incluindo à pátria americana", insistiu.
Democratas e republicanos expressaram diferentes preocupações sobre a questão, com os democratas defendendo limitações, particularmente relacionadas ao envio de tropas, e os republicanos argumentando que o presidente precisa do máximo de flexibilidade na luta contra o grupo terrorista, indicou o Wall Street Journal.
Adam Schiff, principal representante democrata no Comitê de Inteligência da Câmara, disse que a autorização precisa ser mais limitada no que diz respeito ao escopo geográfico e à capacidade de enviar tropas. “Uma nova autorização deve colocar limites mais específicos sobre o uso de tropas para assegurar que não vamos autorizar outra grande guerra terrestre sem o presidente vir ao Congresso expor as razões para isso”. O republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados, disse que a solicitação representa o “início de um processo legislativo” e previu que haverá mudanças no texto durante as discussões.
No comunicado aos congressistas, Obama tentou assegurar que a autorização não vai afundar os EUA em uma guerra extensa – mas não excluiu nenhuma possibilidade. “A proposta não autoriza operações de combate de longo período e larga escala como aquelas conduzidas no Iraque e no Afeganistão. Forças locais, e não as forças militares americanas, devem ser deslocadas para conduzir tais operações. A autorização que proponho providenciaria a flexibilidade para conduzir operações de combate terrestres em outras circunstâncias, mais limitadas, como operações de resgate envolvendo pessoal dos EUA ou da coalizão ou o uso de forças especiais para uma ação militar contra a liderança do EI”, diz o texto.
(Com agências France-Presse e Reuters)
Solicitação enviada nesta quarta-feira ao Congresso é a primeira desde que Bush foi autorizado a travar a guerra do Iraque, em 2002
Barack Obama promete ‘derrotar’ o Estado Islâmico, em pronunciamento na Casa Branca ao lado do vice-presidente Joe Biden (esq), do secretário de Estado John Kerry e do secretário de Defesa Chuck Hagel (/Reuters)
O pedido não limita o âmbito geográfico das ações militares e prevê que o uso da força militar deverá ser concluído em um período de três anos, a menos que haja uma nova autorização. O Executivo também deverá informar o Congresso sobre o desenrolar das operações a cada seis meses.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama defendeu que a medida tornará os Estados Unidos “mais fortes” no combate aos terroristas e declarou que a campanha militar será bem-sucedida. “Não tenha dúvida de que essa é uma missão difícil e continuará difícil por algum tempo. Mas nossa coalizão está na ofensiva e o EI está na defensiva. O EI vai ser derrotado”, afirmou, tendo ao seu lado o vice-presidente Joe Biden, o secretário de Estado John Kerry e o secretário de Defesa Chuck Hagel.
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Com o equivalente a uma declaração de guerra, Obama seria autorizado a continuar a luta contra o grupo jihadista sobre uma base legal mais sólida, ao mesmo tempo em que teria uma cobertura legal no âmbito doméstico. Em uma carta aos legisladores, o presidente declarou que a concessão de mais poderes para combater o EI “mostraria ao mundo que estamos unidos em nossa determinação" para derrotar os jihadistas, que representam “uma ameaça ao povo e à estabilidade do Iraque, Síria e Oriente Médio, e à segurança dos Estados Unidos”. "Se não for controlado, o EI representará uma ameaça para além do Oriente Médio, incluindo à pátria americana", insistiu.
Democratas e republicanos expressaram diferentes preocupações sobre a questão, com os democratas defendendo limitações, particularmente relacionadas ao envio de tropas, e os republicanos argumentando que o presidente precisa do máximo de flexibilidade na luta contra o grupo terrorista, indicou o Wall Street Journal.
Adam Schiff, principal representante democrata no Comitê de Inteligência da Câmara, disse que a autorização precisa ser mais limitada no que diz respeito ao escopo geográfico e à capacidade de enviar tropas. “Uma nova autorização deve colocar limites mais específicos sobre o uso de tropas para assegurar que não vamos autorizar outra grande guerra terrestre sem o presidente vir ao Congresso expor as razões para isso”. O republicano John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados, disse que a solicitação representa o “início de um processo legislativo” e previu que haverá mudanças no texto durante as discussões.
No comunicado aos congressistas, Obama tentou assegurar que a autorização não vai afundar os EUA em uma guerra extensa – mas não excluiu nenhuma possibilidade. “A proposta não autoriza operações de combate de longo período e larga escala como aquelas conduzidas no Iraque e no Afeganistão. Forças locais, e não as forças militares americanas, devem ser deslocadas para conduzir tais operações. A autorização que proponho providenciaria a flexibilidade para conduzir operações de combate terrestres em outras circunstâncias, mais limitadas, como operações de resgate envolvendo pessoal dos EUA ou da coalizão ou o uso de forças especiais para uma ação militar contra a liderança do EI”, diz o texto.
(Com agências France-Presse e Reuters)
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