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Tensões na Síria derrubam Bolsas globais; dólar se aproxima de R$ 2,40
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As tensões sobre uma possível ação militar contra o governo da Síria continuam pesando negativamente sobre os mercados de ações globais nesta terça-feira (27), que mostram baixa generalizada.
Aqui no Brasil, o principal índice de ações do mercado nacional, o Ibovespa, tinha queda de 1,35% às 12h55 (horário de Brasília), para 50.733 pontos. Nos EUA, o índice Dow Jones caía 0,61% no mesmo horário, enquanto o indicador S&P 500 cedia 0,93% e o Nasdaq tinha perda de 1,22%.
Síria desafia Ocidente a provar ataque e se diz pronta para intervenção
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Em meio ao clima de cautela, muitos investidores correm para aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, pressionando a cotação para cima.
Às 12h55, a moeda americana à vista --referência para as negociações no mercado financeiro-- subia 0,35% em relação ao real, cotada em R$ 2,395 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial --utilizado no comércio exterior-- avançava 0,5%, a R$ 2,396.
Vale ressaltar que ambas as cotações do dólar são referências nos cenários mencionados: mercado financeiro e comércio exterior.
O consumidor que vai comprar a moeda para viajar, por exemplo, pagará preços diferentes, que variam conforme o banco ou corretora, e, em geral, são mais altos que as referências de mercado.
No exterior, o clima é de tensão diante de um ataque iminente de aliados dos Estados Unidos à Síria devido a suposto ataque com armas químicas que teria ocorrido na semana passada.
"Um possível ataque dos aliados dos Estados Unidos contra o governo sírio é uma expectativa a mais no mercado, que já vem sofrendo com as indefinições sobre o estímulo econômico americano", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho.
Segundo Hegedus, um conflito na Síria poderia prejudicar o mercado de petróleo e pressionar os preços das commodities (matérias-primas), trazendo volatilidade às moedas e às Bolsas de Valores globais.
"Por isso os mercados de ações caem hoje no mundo todo, especialmente no Brasil, que é um grande produtor e exportador de matérias-primas, e cuja Bolsa é dominada por ações desse segmento", acrescenta.
Os investidores também operam com expectativa pela reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil), que teve início hoje e dura até amanhã.
O consenso do mercado é que a autoridade monetária brasileira vai subir o juro básico (a Selic) de 8,5% para 9% ao ano.
O comunicado que acompanha a decisão sobre a Selic pode indicar até quando o ciclo de aumento no juro básico vai durar, por isso, merece atenção, segundo especialistas.
Às 12h53, as ações da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista, tinha queda de 4,94%, a R$ 0,77, liderando as maiores perdas do Ibovespa.
A empresa desistiu de ficar com os blocos que adquiriu sozinha na 11ª rodada de área de petróleo e gás natural da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), alegando não querer assumir mais riscos exploratórios, após os fracasso em outros campos da empresa.
Na ponta oposta da Bolsa, os papéis Energias do Brasil subiam 3,02%, para R$ 11,25, e lideravam os ganhos do Ibovespa às 12h54.
A queda da Bolsa brasileira era influenciada pelas baixas das ações mais negociadas de Petrobras (-2,25%) e Vale (-0,46%), que representam, juntas, cerca de 17% do Ibovespa.
LEILÕES
O Banco Central vendeu pela manhã 10 mil contratos de swap cambial, operação que equivale à venda da moeda americana no mercado futuro, por US$ 498,1 milhões. Os papéis têm vencimento em 2 de dezembro de 2013.
A operação é parte do plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O plano do BC --que começou a valer na última sexta-feira (23)-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.
Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra -mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.

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