Assad evacua quartéis e desloca arsenal para evitar ataque
Ditador coordena operações para esvaziar possíveis alvos do Ocidente
Rebelde sírio observa os destroços de tanque que pertencia às tropas de Bashar Assad
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Fontes ligadas à oposição síria afirmam que flagraram membros do Exército seguindo a mesma estratégia em Qutaifa, Nasiriya e Sahya. A suspeita é de que os militares podem estar transferindo os equipamentos para redutos de apoiadores do ditador. Os destinos podem ser fortalezas localizadas em Homs, ao norte de Damasco, ou até as montanhas de uma região dominada pela minoria alauita que apoia Assad.
Diplomatas que estão no Oriente Médio dizem que a estratégia de Assad é uma precaução frente às ameaças de uma intervenção militar do Ocidente, em resposta às evidências de uso de armas químicas no massacre de civis da última semana. A ação, contudo, sofre com os limites impostos pela própria guerra civil síria. Rebeldes da oposição bloquearam diversas estradas e reduziram consideravelmente a mobilidade de tropas do ditador.
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A base ao pé das montanhas de Qalamoun faz parte de um dos distritos mais militarizados da Síria. O local constava da lista de alvos sugeridos pelo grupo de oposição Coalização Nacional Síria a enviados do Ocidente a Istambul, na semana passada. Fabricados na antiga União Soviética e na Coreia do Norte, os Scuds sírios foram desenhados para dar cobertura ao deslocamento das tropas sírias.
Conselho de Segurança – Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU se reuniram por quase uma hora nesta quinta-feira. A reunião convocada pela Rússia contou com representantes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e China. Ao término do encontro, as autoridades dos países envolvidos evitaram as perguntas de jornalistas e não comunicaram nenhum progresso substancial nas conversas.
Intervenções do ocidente que ocorreram sem aval da ONU
Caso os EUA e seus aliados decidam bombardear a Síria sem o apoio de uma resolução, não será a primeira vez que uma intervenção ocorre ignorando a ONU
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A falta de aval
Reunião do Conselho de Segurança da ONU
Uma semana depois de terem surgido os primeiros indícios de um ataque com armas químicas na Síria, parece iminente a possibilidade de uma intervenção militar das potências ocidentais para punir o ditador sírio Bashar Assad. Se a decisão for tomada, é provável que os Estados Unidos e seus aliados bombardeiem o território sem um aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Entre os desafios para legitimar a ação estão a possibilidade de um veto da Rússia e da China – que são aliadas do ditador e tem o poder de bloquear qualquer resolução – e a morosidade costumeira da ONU– o secretário-geral Ban Ki-Moon já pediu mais tempo para o trabalho dos inspetores que estão na Síria e “mais diplomacia” para tratar a crise. Se isso de fato ocorrer, não será a primeira vez que a falta de aval da ONU impede uma ação militar.
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