Pular para o conteúdo principal

 

FMI pede cautela nos empréstimos dos bancos públicos

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, Fundo diz que ritmo atual da oferta de crédito pode comprometer as contas públicas

Sede do FMI em Washington
Documento do Fundo pede também que país dê sequência ao aperto monetário para controle da inflação
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda a redução gradual no ritmo de concessão de crédito por bancos públicos no Brasil e diz que a estratégia pode ter impactos fiscais. "As condições financeiras ficaram mais difíceis, mas o crescimento do crédito permanece forte, puxado pelos bancos públicos", comenta o órgão no relatório.
O Fundo destaca que o sistema bancário brasileiro está sólido e bem preparado para uma adequação até antes do previsto às regras de Basileia 3, que vão exigir mais 'capital de alta qualidade' dos bancos. Mas os técnicos do Fundo observam que os bancos públicos, ao emprestar mais que os privados, estão mais expostos a riscos e podem até comprometer as contas do governo.
Leia também:
Bancos públicos dominam mercado de crédito pela 1ª vez desde 1999

No documento, o órgão recomenda disciplina fiscal ao país e a adoção de uma meta de superávit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida) que coloque o déficit público em trajetória de queda.
Crescimento — O FMI avalia ainda que o Brasil gradualmente vem conseguindo se recuperar da retração que começou em meados de 2011, mas a inflação próxima ao topo da meta do Banco Central faz com que a política monetária precise continuar apertada, com mais aumentos de juros. A recomendação é de que o BC continue comprometido em conter a pressão de aumento de preços e em ancorar as expectativas dos agentes do mercado financeiro.
Leia também:
BC deve subir juro pela quarta vez consecutiva
Problema com o Brasil evidencia tensão no FMI, diz FT

De acordo com a instituição, além de uma infraestrutura deficiente, uma certa deterioração no exterior e a incerteza política no Brasil podem estar limitando o crescimento no curto prazo. "Uma política monetária mais apertada ajudaria a conter pressões mais persistentes de alta de preços", destaca o relatório.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.