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FMI pede cautela nos empréstimos dos bancos públicos

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, Fundo diz que ritmo atual da oferta de crédito pode comprometer as contas públicas

Sede do FMI em Washington
Documento do Fundo pede também que país dê sequência ao aperto monetário para controle da inflação
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda a redução gradual no ritmo de concessão de crédito por bancos públicos no Brasil e diz que a estratégia pode ter impactos fiscais. "As condições financeiras ficaram mais difíceis, mas o crescimento do crédito permanece forte, puxado pelos bancos públicos", comenta o órgão no relatório.
O Fundo destaca que o sistema bancário brasileiro está sólido e bem preparado para uma adequação até antes do previsto às regras de Basileia 3, que vão exigir mais 'capital de alta qualidade' dos bancos. Mas os técnicos do Fundo observam que os bancos públicos, ao emprestar mais que os privados, estão mais expostos a riscos e podem até comprometer as contas do governo.
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No documento, o órgão recomenda disciplina fiscal ao país e a adoção de uma meta de superávit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida) que coloque o déficit público em trajetória de queda.
Crescimento — O FMI avalia ainda que o Brasil gradualmente vem conseguindo se recuperar da retração que começou em meados de 2011, mas a inflação próxima ao topo da meta do Banco Central faz com que a política monetária precise continuar apertada, com mais aumentos de juros. A recomendação é de que o BC continue comprometido em conter a pressão de aumento de preços e em ancorar as expectativas dos agentes do mercado financeiro.
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De acordo com a instituição, além de uma infraestrutura deficiente, uma certa deterioração no exterior e a incerteza política no Brasil podem estar limitando o crescimento no curto prazo. "Uma política monetária mais apertada ajudaria a conter pressões mais persistentes de alta de preços", destaca o relatório.

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