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Missão da ONU na Síria é adiada até quarta-feira

Governo diz que trabalhos foram interrompidos por causa dos rebeldes, e nega acusações de uso de armas químicas

Atiradores disparam contra comboio de inspetores da ONU na Síria, nesta segunda-feira (26). A equipe tentava chegar ao local onde rebeldes dizem que o regime de Bashar al-Assad teria usado armas químicas na semana passada
Atiradores disparam contra comboio de inspetores da ONU na Síria, nesta segunda-feira (26). A equipe tentava chegar ao local onde rebeldes dizem que o regime de Bashar Assad teria usado armas químicas na semana passada (
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moualem, anunciou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira que o governo do país decidiu adiar, por questões de segurança, o segundo dia de visitas da equipe de inspetores das Nações Unidas aos subúrbios de Damasco, onde centenas de civis foram mortos, na semana passada, por um ataque químico. A visita, que ocorreria nesta terça, foi postergada para quarta-feira.
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Caberá à equipe de ONU esclarecer ao mundo se foi de fato gás venenoso o que causou a morte dos civis. A inspeção começou a ocorrer cinco dias depois do ataque, quando o governo Sírio finalmente autorizou os trabalhos. Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que houve, sim, uso de armas químicas na Síria. Embora não tenha sido explícito, ele indicou que a administração Obama vá responsabilizar o regime do ditador Assad pela “obscenidade moral” que chocou a consciência do mundo. Kerry também sugeriu que o governo americano está mais perto de agir militarmente em resposta ao ataque, sem deixar claro, no entanto, quando uma ação nesse sentido poderá ocorrer.

Nesta terça, Moualem rejeitou “completamente” as acusações de Kerry – e voltou a negar que o governo sírio tenha feito uso de armas químicas. Ele também negou que Assad esteja obstruindo o trabalho da equipe da ONU no país. Segundo o chanceler, são os rebeldes que impedem que dificultam o trabalho dos inspetores. Moualem afirma que a visita desta terça foi adiada justamente porque os rebeldes não concordaram com a adoção de medidas adicionais de segurança.
Na segunda-feira, o comboio que levava os inspetores ao local do ataque foi alvejado por tiros, mas ninguém se feriu. Depois de substituir o veículo atingido, os investigadores chegaram a um dos locais onde pessoas foram mortas no ataque da semana passada, informaram ativistas. A equipe visitou dois hospitais, recolheu amostras e entrevistou testemunhas, entre sobreviventes e médicos, antes de voltar para o hotel em Damasco.

Grã-Bretanha - O governo britânico informou nesta terça que as Forças Armadas do país preparam um plano de contingência para uma eventual ação militar na Síria. Um porta-voz do governo, sem dar mais detalhes, afirmou que a Grã-Bretanha poderia adotar uma decisão antes da apresentação dos resultados da missão da ONU. “Nenhuma decisão foi adotada ainda. Continuamos estudando com nossos parceiros internacionais qual deveria ser a resposta adequada, mas, como parte disto, estamos preparando planos de contingência para as forças armadas”, explicou a fonte oficial à agência EFE.

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