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Novo chanceler diz que Brasil é contra intervenção na Síria sem aval da ONU

Luiz Alberto Figueiredo disse que, sem endosso de resolução do Conselho de Segurança, ação corresponderia a uma violação do direito internacional

 
Luiz Alberto Figueiredo
Luiz Alberto Figueiredo
O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, disse nesta quarta-feira que uma eventual intervenção militar na Síria só pode ocorrer com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sem isso, afirmou o diplomata, haveria uma "violação do direito internacional". Esta foi a primeira declaração do chanceler sobre a crise síria após a troca no comando no Itamaraty.
"A posição do governo brasileiro é e sempre foi, em qualquer caso, considerar uma intervenção armada uma violação do direito internacional e da Carta da ONU, se não for feita ao abrigo de uma resolução do Conselho de Segurança", afirmou.
Figueiredo reconheceu que o uso de armas químicas no conflito complica a situação. "Sabe-se que há fortes indícios do uso de armas químicas; isto é intolerável, não é aceitável". Mas ressaltou que há inspetores da ONU na Síria para apurar o caso. "Nós preferimos esperar que as Nações Unidas determinem claramente, já que a eles (a comissão) estão lá para isso. Então, vamos esperar".
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As declarações foram dadas na primeira entrevista coletiva de Figueiredo, logo após a cerimônia de posse. O chanceler, que ocupava o posto de representante do Brasil na ONU, assumiu o ministério no lugar de Antonio Patriota.
Dois dias depois do ataque que deixou centenas de civis sírios mortos na última semana, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado classificando o ato de “hediondo” e defendeu uma investigação. O texto reiterou a posição do Brasil de que “não existe solução militar” para o conflito que já se arrasta há mais de dois anos.
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Apesar da postura da diplomacia brasileira, as potências ocidentais dão mostras de estarem cada vez mais perto de uma ação militar em resposta ao ataque.

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