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Pré-sal de Campos pode produzir 1,2 bi de barris

Petrobrás confirma produção do bloco Pão de Açúcar, a 195 km da costa do Rio, em área onde a estatal já concentra 80% da produção de petróleo  

RIO - A Petrobrás confirmou ontem que o bloco conhecido como Pão de Açúcar, na região do pré-sal da Bacia de Campos, tem potencial superior a 1,2 bilhão de barris de óleo equivalente. Considerada importante por analistas, a descoberta vai contribuir para reduzir os custos de produção da estatal por estar localizada em uma região onde o setor tem grande infraestrutura.
"O Pão de Açúcar amplia o foco de exploração no pré-sal. A região já oferece toda estrutura logística, ao contrário do pré-sal da Bacia de Santos", afirmou Lucas Brendler, analista da Geração Futuro.
Atualmente, 80% da produção da Petrobrás vem da Bacia de Campos.
Processo rápido. A ampla infraestrutura da região é apontada por Brendler como a principal vantagem dessa descoberta. A localização de Pão de Açúcar vai permitir, segundo ele, que a Petrobrás consiga rapidamente transformar em receitas as reservas descobertas. "Assim que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) der o aval, a empresa consegue monetizar as reservas. Não será preciso esperar por equipamentos", previu.
Em nota, a Petrobrás informou que o poço perfurado no campo de Pão de Açúcar está localizado a 195 quilômetros da costa do Estado do Rio de Janeiro e reservatório em profundidade de aproximadamente 2,8 mil metros.
O analista Eric Scott, da SLW Corretora, também enxergou a notícia como positiva para a Petrobrás, que é sócia no consórcio que explora o Pão de Açúcar.
A estatal tem 30%, a Statoil detém 35% e a Repsol Sinopec Brasil é a operadora, com outros 35%. Além da localização, Scott avaliou que o volume anunciado é expressivo e contribui para os planos da companhia de ampliar sua produção. O analista argumenta que o ambiente de muita aversão ao risco no mercado financeiro impediu que a confirmação das reservas pudesse impulsionar as ações da Petrobrás ontem.
Perto do fechamento, os papéis da estatal eram negociados com perdas em torno de 2%, enquanto o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) operava em baixa de cerca de 1,0%.
As ações da Petrobrás sofrem também com o atraso na divulgação da meta de produção para 2012 e também pela disparada do dólar.
Além da empresa ter se endividado mais em moeda estrangeira no início do ano, a alta é ruim também porque a estatal é importadora de derivados, como diesel e gasolina.

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