Dossiê do adoçante
Conheça os benefícios e os riscos do substituto que você usa para o açúcar
Optar pelo uso do adoçante no lugar do açúcar não traz outro benefício senão a menor ingestão de calorias.
Mas é justamente esse o principal motivo que leva a maioria das pessoas a abrir mão do produto natural, dando preferência ao artificial.
“Não há nenhum benefício provado cientificamente no consumo dos adoçantes artificiais, apenas o fato de não conterem açúcar, o que é bom para quem não pode consumir esse alimento”, explica a nutricionista funcional Luciana Harfenist, do Rio de Janeiro.
Leia também o Dossiê do açúcar
Luciana acrescenta que, ao ingerir um alimento adoçado artificialmente, o organismo se prepara para receber glicose por meio da produção de enzimas e hormônios que fazem parte do metabolismo do açúcar. Porém, esse açúcar acaba não entrando na corrente sanguínea. A longo prazo, a repetição desse ciclo pode causar alterações na sensação de saciedade.
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A dica da nutricionista é o consumo de adoçantes artificiais com moderação, em função da ação metabólica desses produtos, e não pelas calorias ingeridas, que geralmente são reduzidas.
“Os adoçantes foram criados para a substituição do açúcar e são importantes no tratamento de pessoas com diabetes. Porém, mesmo os diabéticos precisam tomar cuidado com o consumo em excesso. Na prática clínica, observamos esse exagero, que se dá por meio de produtos industrializados, como refrigerantes, iogurtes, balas. Por isso, é necessário observar as quantidades de consumo recomendadas para cada tipo de adoçante”, alerta a nutricionista.
A dica é variar o tipo de adoçante utilizado: ter dois ou três tipos em casa e intercalá-los a cada semana. Conheça os principais tipos de adoçante disponíveis no mercado brasileiro.
Gravidez
Um dos adoçantes artificiais mais utilizados em produtos industrializados, principalmente nos refrigerantes, é o aspartame. Muito já foi falado sobre ele, porém, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), trata-se de um adoçante seguro. A única ressalva é para portadores de fenilcetonúria – quem tem essa doença não metaboliza a fenilalanina, um tipo de aminoácido liberado quando o aspartame é metabolizado no trato gastrointestinal.
A Anvisa indica ingestão diária máxima de 2.400mg para adultos que pesem cerca de 60kg e de 1.200mg para crianças com massa de 30kg.
Uma das recomendações mais disseminadas popularmente entre as gestantes é evitar o uso de adoçantes artificiais. A nutricionista funcional Luciana Harfenist diz, no entanto, que grávidas podem fazer uso do tipo steviosídeo, adoçante natural extraído das folhas da Stevia Rebaudiana. Mas ela faz um alerta:
“A recomendação de adoçantes para gestantes deve se restringir às diabéticas e às com excesso de peso”.
Conheça os principais tipos de adoçante:
Sacarina: descoberta em 1878 e aprovada no Brasil como edulcorante em 1965. Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e eliminada na urina. Sua segurança é investigada há 50 anos, e seu uso foi permitido em 90 países.
Ciclamato: descoberto em 1937, foi patenteado pelos laboratórios Abbot, que o introduziram no mercado americano depois de aprovado como edulcorante pelo FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos), em 1949. É estável durante prolongados períodos de aquecimento. No Brasil foi considerado seguro para consumo e aprovado em 1965.
Aspartame: foi descoberto acidentalmente em 1965, numa época em que pesavam sobre a sacarina suspeitas de possíveis efeitos cancerígenos e o ciclamato estava proibido nos EUA. No Brasil, o foi liberado em 1981.
Acessulfame-K: também foi descoberto por acaso, em 1967, na Alemanha, quando Karl Clauss e Henry Jensen trabalhavam no desenvolvimento de novos produtos e encontraram um composto de sabor doce. Apresenta estrutura semelhante à da sacarina.
Sucralose: descoberta em 1976 por pesquisadores ingleses, é obtida a partir da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e de temperatura, mas é considerado um adoçante estável e seguro para consumo humano.
Stévia: a planta Stevia rebaudiana é usada há séculos pelos índios paraguaios para adoçar preparos medicinais. Somente na década de 70, após diversos estudos, a stevia começou a ser usada em larga escala, como adoçante em alimentos e bebidas. No País, o uso foi liberado no final da década de 1980. A stevia tem potencial adoçante 300 vezes superior ao da cana de açúcar.
Veja na tabela as calorias e o limite diário no consumo de alguns adoçantes.
Mas é justamente esse o principal motivo que leva a maioria das pessoas a abrir mão do produto natural, dando preferência ao artificial.
“Não há nenhum benefício provado cientificamente no consumo dos adoçantes artificiais, apenas o fato de não conterem açúcar, o que é bom para quem não pode consumir esse alimento”, explica a nutricionista funcional Luciana Harfenist, do Rio de Janeiro.
Leia também o Dossiê do açúcar
Luciana acrescenta que, ao ingerir um alimento adoçado artificialmente, o organismo se prepara para receber glicose por meio da produção de enzimas e hormônios que fazem parte do metabolismo do açúcar. Porém, esse açúcar acaba não entrando na corrente sanguínea. A longo prazo, a repetição desse ciclo pode causar alterações na sensação de saciedade.
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A dica da nutricionista é o consumo de adoçantes artificiais com moderação, em função da ação metabólica desses produtos, e não pelas calorias ingeridas, que geralmente são reduzidas.
“Os adoçantes foram criados para a substituição do açúcar e são importantes no tratamento de pessoas com diabetes. Porém, mesmo os diabéticos precisam tomar cuidado com o consumo em excesso. Na prática clínica, observamos esse exagero, que se dá por meio de produtos industrializados, como refrigerantes, iogurtes, balas. Por isso, é necessário observar as quantidades de consumo recomendadas para cada tipo de adoçante”, alerta a nutricionista.
A dica é variar o tipo de adoçante utilizado: ter dois ou três tipos em casa e intercalá-los a cada semana. Conheça os principais tipos de adoçante disponíveis no mercado brasileiro.
Gravidez
Um dos adoçantes artificiais mais utilizados em produtos industrializados, principalmente nos refrigerantes, é o aspartame. Muito já foi falado sobre ele, porém, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), trata-se de um adoçante seguro. A única ressalva é para portadores de fenilcetonúria – quem tem essa doença não metaboliza a fenilalanina, um tipo de aminoácido liberado quando o aspartame é metabolizado no trato gastrointestinal.
A Anvisa indica ingestão diária máxima de 2.400mg para adultos que pesem cerca de 60kg e de 1.200mg para crianças com massa de 30kg.
Uma das recomendações mais disseminadas popularmente entre as gestantes é evitar o uso de adoçantes artificiais. A nutricionista funcional Luciana Harfenist diz, no entanto, que grávidas podem fazer uso do tipo steviosídeo, adoçante natural extraído das folhas da Stevia Rebaudiana. Mas ela faz um alerta:
“A recomendação de adoçantes para gestantes deve se restringir às diabéticas e às com excesso de peso”.
Conheça os principais tipos de adoçante:
Sacarina: descoberta em 1878 e aprovada no Brasil como edulcorante em 1965. Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e eliminada na urina. Sua segurança é investigada há 50 anos, e seu uso foi permitido em 90 países.
Ciclamato: descoberto em 1937, foi patenteado pelos laboratórios Abbot, que o introduziram no mercado americano depois de aprovado como edulcorante pelo FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos), em 1949. É estável durante prolongados períodos de aquecimento. No Brasil foi considerado seguro para consumo e aprovado em 1965.
Aspartame: foi descoberto acidentalmente em 1965, numa época em que pesavam sobre a sacarina suspeitas de possíveis efeitos cancerígenos e o ciclamato estava proibido nos EUA. No Brasil, o foi liberado em 1981.
Acessulfame-K: também foi descoberto por acaso, em 1967, na Alemanha, quando Karl Clauss e Henry Jensen trabalhavam no desenvolvimento de novos produtos e encontraram um composto de sabor doce. Apresenta estrutura semelhante à da sacarina.
Sucralose: descoberta em 1976 por pesquisadores ingleses, é obtida a partir da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e de temperatura, mas é considerado um adoçante estável e seguro para consumo humano.
Stévia: a planta Stevia rebaudiana é usada há séculos pelos índios paraguaios para adoçar preparos medicinais. Somente na década de 70, após diversos estudos, a stevia começou a ser usada em larga escala, como adoçante em alimentos e bebidas. No País, o uso foi liberado no final da década de 1980. A stevia tem potencial adoçante 300 vezes superior ao da cana de açúcar.
Veja na tabela as calorias e o limite diário no consumo de alguns adoçantes.
Adoçante | Calorias | Recomendação máxima diária |
---|---|---|
Acessulfame-K | zero | 15mg/kg |
Aspartame | 4Kcal/g | 40mg/kg |
Ciclamato | zero | 11mg/kg |
Manitol | 4Kcal/g | 15mg/kg |
Sucralose | zero | 15mg/kg |
Sacarina | zero | 5mg/kg |
Sorbitol | 4Kcal/g | 15mg/kg |
Stévia | zero | 4 - 5,5mg/kg |
Xylitol | 4Kcal/g | 15mg/kg |
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