Decisão histórica do Copom poderá afetar poupança a partir de hoje
Selic poderá ser reduzida ao menor nível histórico se cair para 8,5%; taxa será divulgada pelo Comitê de Política Monetária nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira, o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) poderá ser histórico por três motivos.
Primeiro, porque a taxa básica de juros, a Selic, poderá influenciar no rendimento da poupança, se cair do atual patamar de 9% ao ano para 8,5%.
Com as novas regras de rendimento do mais tradicional investimento dos brasileiros - apresentadas pelo governo no início de maio - a poupança passa a render 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), quando a Selic estiver igual ou menor que 8,5% ao ano.
E a expectativa do mercado financeiro, conforme divulgado pela última pesquisa Focus do Banco Central (BC), é de que o corte do juro básico da economia seja sim de 0,5 ponto porcentual, o que levaria a uma taxa de 8,5%.
Em segundo lugar, se a decisão do Copom desta quarta-feira de fato reduzir a Selic para 8,5%, a taxa básica de juros atingirá seu menor patamar histórico desde a criação do BC, em 1964.
Outra novidade histórica é o início da divulgação dos votos dos diretores do Copom. A mudança busca adequar o Comitê à lei de acesso a informações públicas, que entrou em vigor em 16 de maio. Antes, o BC divulgava somente o resultado da votação, sem detalhar o voto de cada membro.
Entenda
A nova regra da poupança atrelou seu rendimento à taxa Selic por um objetivo: o governo quer evitar que grandes investidores migrem das modalidades de renda fixa para a caderneta de poupança.
Dentre os investimentos de renda fixa, estão principalmente os títulos públicos, usados pelo governo se financiar. Tais títulos rendem de acordo com a taxa básica de juros. Assim, com a queda da Selic, os títulos do governo ficariam menos atrativos para os investidores em comparação com a poupança - e o governo perderia uma importante fonte de financiamento.
De agosto do ano passado até agora, a taxa básica de juros já caiu 3,5 pontos percentuais, atingindo 9% ao ano. Por isso, os fundos perderam rentabilidade, pois - ao contrário da poupança - pagam imposto e têm taxa de administração e custódia. Se a Selic caísse para menos de 8,5%, quem tem dinheiro em fundos fatalmente migraria para a poupança à procura de melhores rendimentos. Por esse motivo, o governo decidiu colocar um redutor na poupança e assim abriu espaço para uma queda maior dos juros no País sem que houvesse uma forte transferência de recursos
Primeiro, porque a taxa básica de juros, a Selic, poderá influenciar no rendimento da poupança, se cair do atual patamar de 9% ao ano para 8,5%.
Com as novas regras de rendimento do mais tradicional investimento dos brasileiros - apresentadas pelo governo no início de maio - a poupança passa a render 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), quando a Selic estiver igual ou menor que 8,5% ao ano.
E a expectativa do mercado financeiro, conforme divulgado pela última pesquisa Focus do Banco Central (BC), é de que o corte do juro básico da economia seja sim de 0,5 ponto porcentual, o que levaria a uma taxa de 8,5%.
Em segundo lugar, se a decisão do Copom desta quarta-feira de fato reduzir a Selic para 8,5%, a taxa básica de juros atingirá seu menor patamar histórico desde a criação do BC, em 1964.
Outra novidade histórica é o início da divulgação dos votos dos diretores do Copom. A mudança busca adequar o Comitê à lei de acesso a informações públicas, que entrou em vigor em 16 de maio. Antes, o BC divulgava somente o resultado da votação, sem detalhar o voto de cada membro.
Entenda
A nova regra da poupança atrelou seu rendimento à taxa Selic por um objetivo: o governo quer evitar que grandes investidores migrem das modalidades de renda fixa para a caderneta de poupança.
Dentre os investimentos de renda fixa, estão principalmente os títulos públicos, usados pelo governo se financiar. Tais títulos rendem de acordo com a taxa básica de juros. Assim, com a queda da Selic, os títulos do governo ficariam menos atrativos para os investidores em comparação com a poupança - e o governo perderia uma importante fonte de financiamento.
De agosto do ano passado até agora, a taxa básica de juros já caiu 3,5 pontos percentuais, atingindo 9% ao ano. Por isso, os fundos perderam rentabilidade, pois - ao contrário da poupança - pagam imposto e têm taxa de administração e custódia. Se a Selic caísse para menos de 8,5%, quem tem dinheiro em fundos fatalmente migraria para a poupança à procura de melhores rendimentos. Por esse motivo, o governo decidiu colocar um redutor na poupança e assim abriu espaço para uma queda maior dos juros no País sem que houvesse uma forte transferência de recursos
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