Crise afeta PIB chinês também no 2º trimestre
Crescimento da economia chinesa deve ser inferior a 8% no segundo trimestre
A perda de ritmo da economia chinesa deverá continuar pelo menos até junho,
sob o impacto da crise econômica nos países ricos e os efeitos da política
doméstica para desinflar a bolha no mercado imobiliário. Muitos analistas já
revisaram para baixo as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
no segundo trimestre e esperam porcentuais inferiores a 8%, depois dos 8,1%
registrados no período de janeiro a março.
Os dados negativos de abril deram um susto nos economistas e nas autoridades de Pequim, por mostrarem um quadro de desaceleração mais acentuada que a prevista. Estatísticas preliminares de maio indicam que a perda de fôlego continua, o que puxará para baixo os resultados do segundo trimestre. "Em termos anualizados, o crescimento do PIB de abril foi inferior a 7,5%, que é a meta oficial de expansão para o ano, e vai demorar de dois a três meses para haver uma reação", disse ao Estado Yao Wei, economista do Société Générale baseada em Hong Kong.
A atividade industrial está em ritmo lento e as torneiras do crédito que sustentam os investimentos estão mais fechadas do que no ano passado. Segundo a agência de notícias Bloomberg, os empréstimos concedidos pelos grandes bancos estatais poderão fechar 2012 abaixo da meta oficial pela primeira vez nos últimos sete anos.
É possível que o volume de novos financiamentos fique em 7 trilhões de yuans (R$ 2,24 trilhões), cifra inferior à meta de 8 trilhões de yuans (R$ 2,56 trilhões) e aos 8,5 trilhões de yuans (R$ 2,72 trilhões) emprestados no ano passado.
Segundo o jornal oficial Securities Daily, o volume de novos empréstimos poderá cair para 500 bilhões de yuans (R$ 160 bilhões) em maio, depois do tropeço de 1 trilhão de yuans para 682 bilhões de yuans entre março e abril.
Medidas. Reunião do gabinete chinês realizada na última quarta-feira aprovou medidas de estímulo à economia, mas decidiu manter as políticas restritivas ao mercado imobiliário aprovadas ao longo dos últimos meses para conter a alta especulativa de preços. Entre os mais importantes anúncios está o aumento de investimentos em infraestrutura, com a antecipação do cronograma de projetos já aprovados e a concessão do sinal verde a novas obras.
"O crescimento do PIB deve melhorar no segundo semestre, mas o baixo crescimento no segundo trimestre, precedido de um fraco primeiro trimestre aumenta a possibilidade de o crescimento anual vir abaixo das atuais expectativas de pelo menos 8%", escreveu Andrew Batson, diretor de pesquisa da consultoria Dragonomics.
Depois dos dados de abril, o banco americano J.P. Morgan reduziu de 8,5% para 7,9% sua projeção de expansão do PIB no segundo trimestre e espera um crescimento anual de 8,1% _frente a 8,6% nas estimativas anteriores. Esse porcentual já conta com a aceleração de projetos de infraestrutura e reação dos empréstimos bancários, além de um ligeiro aumento dos gastos públicos.
As projeções de crescimento também consideram um cenário no qual não há agravamento significativo da crise na Europa, região que é atualmente o principal destino das exportações chinesas.
A avaliação do economista-chefe do UBS, Wang Tao, é menos otimista. Ele prevê expansão do PIB de 8,2% neste ano, mas alerta que o porcentual será inferior se o cenário internacional se degradar. "Mesmo com suporte adicional de políticas , na hipótese de um colapso súbito da demanda externa, o crescimento anual da China vai provavelmente cair para cerca de 7%", avaliou a economista.
Os dados negativos de abril deram um susto nos economistas e nas autoridades de Pequim, por mostrarem um quadro de desaceleração mais acentuada que a prevista. Estatísticas preliminares de maio indicam que a perda de fôlego continua, o que puxará para baixo os resultados do segundo trimestre. "Em termos anualizados, o crescimento do PIB de abril foi inferior a 7,5%, que é a meta oficial de expansão para o ano, e vai demorar de dois a três meses para haver uma reação", disse ao Estado Yao Wei, economista do Société Générale baseada em Hong Kong.
A atividade industrial está em ritmo lento e as torneiras do crédito que sustentam os investimentos estão mais fechadas do que no ano passado. Segundo a agência de notícias Bloomberg, os empréstimos concedidos pelos grandes bancos estatais poderão fechar 2012 abaixo da meta oficial pela primeira vez nos últimos sete anos.
É possível que o volume de novos financiamentos fique em 7 trilhões de yuans (R$ 2,24 trilhões), cifra inferior à meta de 8 trilhões de yuans (R$ 2,56 trilhões) e aos 8,5 trilhões de yuans (R$ 2,72 trilhões) emprestados no ano passado.
Segundo o jornal oficial Securities Daily, o volume de novos empréstimos poderá cair para 500 bilhões de yuans (R$ 160 bilhões) em maio, depois do tropeço de 1 trilhão de yuans para 682 bilhões de yuans entre março e abril.
Medidas. Reunião do gabinete chinês realizada na última quarta-feira aprovou medidas de estímulo à economia, mas decidiu manter as políticas restritivas ao mercado imobiliário aprovadas ao longo dos últimos meses para conter a alta especulativa de preços. Entre os mais importantes anúncios está o aumento de investimentos em infraestrutura, com a antecipação do cronograma de projetos já aprovados e a concessão do sinal verde a novas obras.
"O crescimento do PIB deve melhorar no segundo semestre, mas o baixo crescimento no segundo trimestre, precedido de um fraco primeiro trimestre aumenta a possibilidade de o crescimento anual vir abaixo das atuais expectativas de pelo menos 8%", escreveu Andrew Batson, diretor de pesquisa da consultoria Dragonomics.
Depois dos dados de abril, o banco americano J.P. Morgan reduziu de 8,5% para 7,9% sua projeção de expansão do PIB no segundo trimestre e espera um crescimento anual de 8,1% _frente a 8,6% nas estimativas anteriores. Esse porcentual já conta com a aceleração de projetos de infraestrutura e reação dos empréstimos bancários, além de um ligeiro aumento dos gastos públicos.
As projeções de crescimento também consideram um cenário no qual não há agravamento significativo da crise na Europa, região que é atualmente o principal destino das exportações chinesas.
A avaliação do economista-chefe do UBS, Wang Tao, é menos otimista. Ele prevê expansão do PIB de 8,2% neste ano, mas alerta que o porcentual será inferior se o cenário internacional se degradar. "Mesmo com suporte adicional de políticas , na hipótese de um colapso súbito da demanda externa, o crescimento anual da China vai provavelmente cair para cerca de 7%", avaliou a economista.
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