Crescimento econômico da China vai se recuperar após estímulos
Corte no compulsório bancário e extensão de subsídios deverão surtir efeito e recuperar crescimento da China, diz a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
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O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 8,1% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado - uma desaceleração em relação ao avanço de 8,9% registrado no quarto trimestre de 2011 e de 9,2% em todo o ano passado. Em resposta, as autoridades chinesas têm implementado medidas de suporte à economia, incluindo um corte no compulsório bancário e a extensão dos subsídios para compras de aparelhos domésticos.
"Olhando adiante, o relaxamento monetário deverá sustentar a atividade, especialmente no setor imobiliário, no qual os preços estão se tornando mais acessíveis", disse a OCDE. "A política fiscal também impulsionará o consumo, com crescentes gastos sendo direcionados a investimentos sociais", acrescentou. A OCDE afirmou ainda que a China deveria acelerar alguns projetos de infraestrutura se o crescimento se enfraquecer mais no segundo trimestre deste ano.
Sobre a inflação chinesa, a OCDE observou que tem havido uma considerável desaceleração e essa tendência provavelmente prosseguirá porque a produção permanecerá abaixo do potencial por algum tempo, apesar dos preços do petróleo mais altos e de uma possível elevação nos preços regulados da eletricidade para as pessoas físicas. Ao mesmo tempo, a OCDE afirmou que os aumentos salariais estão se ampliando e isso poderá pressionar as margens de lucro de algumas empresas, especialmente as exportadoras.
A demanda doméstica resistente significa que o superávit em conta corrente da China deverá continuar diminuindo, para pouco mais de 1,5% do PIB em 2013, de cerca de 2,7% do PIB no ano passado, segundo a OCDE.
A organização apoiou um pacote de reformas que estão na agenda de Pequim, embora as autoridades tenham dado poucos detalhes e prazos para isso. A OCDE também afirmou que as taxas de juros deveriam ser liberalizadas, a começar pelas taxas de empréstimos e, depois, as taxas de depósitos. Um plano de seguro de depósitos deveria ser criado e o capital privado deveria poder entrar no setor bancário, acrescentou a organização
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