Ex-presidente 'plantava coisas falsas', diz Gilmar
Dida Sampaio/AE
"Gilmar Mendes afirma que se sentiu constrangido com
o fato de Lula insistir no tema CPI do Cachoeira"
O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse na noite de ontem, em
Manaus (AM), que decidiu revelar a conversa que teve com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva porque estava sendo alvo de informações 'plantadas'
envolvendo sua relação com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem
partido-GO).
'O que me fez crescer a convicção de que havia algo de errado
foi a informação que me veio de pessoas confiáveis de que essas informações
estavam sendo plantadas, inclusive com a participação do (ex) presidente. Aí me
preocupou', disse Mendes, que participou de evento realizado pela Escola
Superior de Magistratura do Amazonas. Ele repetiu, conforme sua versão, que se
sentiu constrangido com o fato de Lula insistir no tema CPI do Cachoeira e fazer
menção ao encontro com o senador em Berlim. 'Eu estranhei. Não era a relação que
nós tínhamos há tantos anos. E era algo atípico. O (Nelson) Jobim estava
presente e neste momento complementou: 'O que ele tá querendo dizer é que o
deputado Protógenes (Queiroz) pode estar querendo levá-lo à CPI'. E eu ainda
ironizei: 'A essa altura, com o que tem aparecido sobre o deputado Protógenes,
ele está é precisando de proteção na CPI''.
O ministro garantiu que teve 'relação estritamente
profissional' com Demóstenes, 'Quanto aos seus malfeitos, eu não tenho parte
nisso.' Ele disse que denunciou a conversa com Lula para evitar qualquer tipo de
'abuso'.
'Não pode fonte oficial, um parlamentar, um ex-presidente da
República, um ministro da Justiça, veicular coisas falsas, isso não pode
ocorrer', afirmou.
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