Pular para o conteúdo principal

Etanol só será competitivo em dois ou três anos

Para ANP, cenário de oferta e consumo do produto no país ainda é imprevisível

Apesar de uma produção menor neste início da safra, o preço do etanol hidratado registrou queda pela terceira semana consecutiva no principal Estado produtor do Brasil, SP Preço do etanol hidratado registrou queda pela terceira semana consecutiva em São Paulo (Manoel Marques/VEJA)
O etanol hidratado, utilizado nos veículos flex, só voltará a ser competitivo ante a gasolina no Brasil em dois ou três anos, afirmou nesta quarta-feira o diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Alan Kardec. No intervalo de um evento no Rio de Janeiro, ele disse que o cenário de oferta e consumo de etanol no país ainda é imprevisível, o que afeta a competitividade do biocombustível. "Temos hoje uma grande imprevisibilidade de oferta e consumo de etanol no país", disse.
A afirmação foi feita num momento em que a produção de etanol no Brasil luta para se recuperar, com a oferta de cana podendo apresentar um crescimento relativamente pequeno na comparação com a fraca safra do Centro-Sul da temporada passada, segundo dados da indústria.
Apesar de uma produção menor neste início da safra, o preço do etanol hidratado registrou queda pela terceira semana consecutiva no principal estado produtor do Brasil (São Paulo), informou análise do Cepea nesta segunda-feira. O levantamento mostra que a queda da cotação nas usinas tem relação com o pequeno interesse de compra das distribuidoras, haja vista a competitividade da gasolina. O preço do combustível fóssil é controlado pela Petrobras. As usinas sucroalcooleiras, por outro lado, têm obtido melhores lucros com a produção de açúcar.
No acumulado da safra até 15 de maio, a produção de etanol (anidro e hidratado) no Centro-Sul diminuiu 39,28%, alcançando 1,32 bilhão de litros.
Também presente no seminário sobre o setor de combustíveis realizado no Rio de Janeiro, o diretor de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, comentou: "Esse ano ainda vai ser um ano de dificuldades para o etanol, não só por questões climáticas, mas porque parte do setor ainda atravessa dificuldades financeiras". "A safra deve vir um pouco maior, mas o crescimento é modesto", comentou.
A ocorrência de chuvas na região Centro-Sul neste início de safra tem atrasado o início das atividades em algumas usinas e limitado o ritmo de moagem em outras. Além disso, parte dos canaviais ainda é antigo, apesar de uma melhora do índice de renovação na atual temporada

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...