Conselho de Segurança da ONU condena massacre na Síria e pede investigação
De acordo com observadores do órgão internacional, 108 pessoas morreram na cidade de Hula
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU condenou neste domingo "nos
mais firmes termos" o massacre na cidade de Hula, na Síria, e pediu ao
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que, com o apoio da missão das Nações
Unidas no país, investigue esses ataques que "violam a lei internacional".
"Esse atroz uso da força contra a população civil é uma violação da lei internacional e dos compromissos do governo sírio com a ONU", afirmou o Conselho em uma declaração aprovada de forma unânime pelo principal órgão de segurança internacional
108 mortos. O chefe dos observadores da ONU na Síria, o general norueguês Robert Mood, disse neste domingo ao Conselho de Segurança desse organismo que 108 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas no massacre em Hula.
Anteriormente, os observadores militares e civis da missão de supervisão da ONU no país (UNSMIS) informaram que ao entrar na cidade haviam encontrado 92 corpos, entre eles os de 32 crianças.
Sobre a mesa do Conselho está uma proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre ocorrido nessa localidade da província de Homs na noite da sexta-feira, disseram fontes diplomáticas, que já anteciparam a oposição russa a esse texto.
Até o momento o regime de Bashar al Assad negou seu envolvimento nesse massacre, pelo qual responsabilizaram a oposição.
Por sua parte, fontes diplomáticas russas se referiram pouco antes de começar a reunião do Conselho que antes de tomar uma decisão é necessário determinar se as autoridades sírias são responsáveis pela tragédia.
Críticas. O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, devido a este último episódio de violência, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco e debilitou o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado o massacre e pediu ao governo de Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.
Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nasir Abdulaziz Al Nasser, considerou hoje que esses "assassinatos em uma vizinhança muito povoada são uma flagrante violação da lei internacional e dos compromissos do governo sírio".
Reiterou também seu pedido para que "as autoridades sírias e todas as partes cessem toda forma de violência e respeitem os compromissos com os seis pontos do plano de paz" de Annan.
O plano de paz, em vigor desde o último dia 12 de abril, exige a todas as partes o imediato fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como a garantia do acesso de pessoal humanitário ao país, a facilitação da transição política síria rumo à democracia, o início do diálogo político e a permissão do acesso da imprensa, entre outros.
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108 mortos. O chefe dos observadores da ONU na Síria, o general norueguês Robert Mood, disse neste domingo ao Conselho de Segurança desse organismo que 108 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas no massacre em Hula.
Anteriormente, os observadores militares e civis da missão de supervisão da ONU no país (UNSMIS) informaram que ao entrar na cidade haviam encontrado 92 corpos, entre eles os de 32 crianças.
Sobre a mesa do Conselho está uma proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre ocorrido nessa localidade da província de Homs na noite da sexta-feira, disseram fontes diplomáticas, que já anteciparam a oposição russa a esse texto.
Até o momento o regime de Bashar al Assad negou seu envolvimento nesse massacre, pelo qual responsabilizaram a oposição.
Por sua parte, fontes diplomáticas russas se referiram pouco antes de começar a reunião do Conselho que antes de tomar uma decisão é necessário determinar se as autoridades sírias são responsáveis pela tragédia.
Críticas. O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, devido a este último episódio de violência, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco e debilitou o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado o massacre e pediu ao governo de Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.
Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nasir Abdulaziz Al Nasser, considerou hoje que esses "assassinatos em uma vizinhança muito povoada são uma flagrante violação da lei internacional e dos compromissos do governo sírio".
Reiterou também seu pedido para que "as autoridades sírias e todas as partes cessem toda forma de violência e respeitem os compromissos com os seis pontos do plano de paz" de Annan.
O plano de paz, em vigor desde o último dia 12 de abril, exige a todas as partes o imediato fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como a garantia do acesso de pessoal humanitário ao país, a facilitação da transição política síria rumo à democracia, o início do diálogo político e a permissão do acesso da imprensa, entre outros.
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