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Formação de vida na Terra foi marcada por intenso bombardeio de asteroides

Estudo revela que Terra e Lua sofreram há 3,8 bilhões de anos impactos por um período mais longo do que se acreditava

Cerca de 70 asteroides capazes de acabar com os dinossauros atingiram a Terra há 3,8 bilhões de anos Cerca de 70 asteroides capazes de acabar com os dinossauros atingiram a Terra há 3,8 bilhões de anos (Hemera/ThinkStock)
Há 3,8 bilhões de anos, a Terra e a Lua sofreram o impacto de inúmeros asteroides gigantes e durante um período mais longo do que se acreditava. É o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature.

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MODELO DE NICE
As descobertas de ambos os cientistas respaldam o "Modelo de Nice", uma hipótese que defende que os planetas gasosos do Sistema Solar (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) migraram, a partir de uma distribuição inicial mais compacta, até suas atuais posições. O deslocamento desses planetas originou muitos asteroides, que, posteriormente, foram atraídos em direção ao interior do Sistema Solar.

Alguns dos asteroides chocaram-se violentamente contra a Terra, a Lua e outros corpos. "Estes impactos geraram grandes crateras sobre a superfície lunar, que, por sinal, foram conservados muito melhor do que as da Terra", explicou William Bottke, um dos autores do estudo publicado na Nature.
Os autores da pesquisa defendem que 70 asteroides de grande dimensão se chocaram contra a Terra e a Lua durante o Arqueano, intervalo da escala geológica de tempo compreendido entre 3,8 bilhões e 2,5 bilhões de anos atrás.

O Arqueano foi o período de formação de vida no planeta Terra. "Agora sabemos que também foi uma época marcada por muitos impactos de meteoritos de grande magnitude", disse William Bottke, do Instituto de Pesquisa de Southwest, nos Estados Unidos.

Crateras — No total, os cientistas contabilizaram na Lua 30 crateras com um diâmetro maior que 300 quilômetros e com idades que oscilam entre os 4,1 bilhões e 3,8 bilhões de anos, mais antigos do que as crateras encontradas na Terra.

Muitas crateras da superfície terrestre se perderam por causa da erosão e dos movimentos das placas tectônicas. Poucas rochas dessa idade sobreviveram. Por causa disso, os estudos que investigam o impacto de meteoritos ocorridos há mais de dois bilhões de anos são limitados.

Formação de vida — Os autores acreditam que os violentos impactos podem ter contribuído para a formação de vida. "Eles trouxeram material orgânico à Terra e produziram sistemas hidrotermais capazes de gerar vidas", disse Brandon Johnson, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos.

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