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Espanha diz que não desistirá de compensação por YPF

Para governo espanhol, nacionalização de petroleira descumpre acordos da UE

"O governo condena e rejeita categoricamente a nacionalização da YPF", disse o ministro espanhol da Indústria, José Manuel Soria "O governo condena e rejeita categoricamente a nacionalização da YPF", disse o ministro espanhol da Indústria
O governo espanhol disse nesta terça-feira que vai recorrer a 'todos os fóruns internacionais, econômicos e políticos' para conseguir uma justa compensação pelo dano que a Argentina causou à Repsol, uma empresa estratégica para o país, com a nacionalização da YPF. Em um discurso diante da Comissão de Indústria do Congresso dos Deputados, o ministro espanhol da Indústria, José Manuel Soria, afirmou que a expropriação da YPF anunciada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, descumpre de forma 'clara' os acordos existentes entre esse país e a União Europeia.
Leia também: Espanha quer que UE substitua acordos com Mercosul por tratados bilaterais
"O governo condena e rejeita categoricamente a nacionalização da YPF porque isso foi feito violando a lei de privatização da petrolífera e os acordos de proteção recíproca de investimentos assinado entre Espanha e Argentina", disse Soria, esclarecendo ao congresso a posição do governo de Mariano Rajoy sobre o assunto. Para ele, a expropriação de 51% da companhia petrolífera é uma estratégia deliberada para propiciar a queda das ações da YPF, que perdeu 60% de seu valor, a fim de facilitar sua desapropriação.
Apesar das condenações, Soria assegurou que a Espanha quer manter 'as melhores relações' com a Argentina. Isso, contudo, não vai impedir o governo de defender os interesses do país e da Repsol. "O objetivo foi, é e continuará sendo manter as melhores relações com todos os governos, incluído o da Argentina", o que não impede o Executivo de defender os interesses de empresas espanholas quando elas sofrerem hostilidades por parte das autoridades", afirmou Soria.

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