França sofrerá sanções se fizer escolhas erradas, diz Sarkozy
Declarações do presidente francês foram feitas a apenas três dias do primeiro turno da eleição presidencial; pesquisas de opinião indicam que ele irá para o segundo turno, mas deve perder
PARIS - O presidente francês Nicolas Sarkozy disse nesta quinta-feira que a França sofrerá sanções como a Espanha tem enfrentado no mercado financeiro se o país fizer escolhas erradas e interromper os cortes nos gastos.
As declarações de Sarkozy à emissora francesa TF1 foram feitas a apenas três dias do primeiro turno da eleição presidencial. Segundo pesquisas de opinião, Sarkozy deve ir para o segundo turno com o socialista François Hollande, mas elas também indicam que o atual presidente deve perder no segundo turno, em 6 de maio.
"A maior parte da crise da zona do euro já passou, mas a Europa está convalescente", disse Sarkozy. "Se a França parar de reduzir seus gastos e fizer escolhas erradas...a sanção sofrida pela Espanha atualmente e o sofrimento imposto aos italianos não poupará o povo francês."
Sarkozy tem intensificado sua retórica econômica nas últimas semanas, citando repetidamente o exemplo da Espanha e até mesmo da Grécia como o destino que espera a França se o país seguir as políticas propostas por Hollande. Preocupações sobre o déficit, dívida e perspectiva de crescimento espanhóis elevaram os custos de financiamento do país para mais de 6% na semana passada.
Já Hollande e sua equipe dizem que se a França sofrer sanções do mercado será por causa do histórico econômico deixado por Sarkozy e do aumento das dívidas e déficits durante seu mandato de cinco anos.
Uma elevação nos custos de financiamento da França nesta quinta-feira, por causa de especulações sobre um possível rebaixamento da dívida soberana, foi um lembrete do quão sensível os mercados se tornaram a respeito da França. Autoridades do governo foram rápidas em negar que qualquer rebaixamento estivesse em andamento e em lembrar que os títulos franceses se recuperaram.
Hollande
Já Hollande disse nesta quinta-feira que pode usar a poupança dos franceses para ajudar a financiar a dívida pública do país, caso eleito no mês que vem.
"A poupança dos franceses, que está num nível bem alto, pode ser mobilizada para a indústria, habitação e também para a dívida", disse Hollande em entrevista ao Canal+. "Desta forma, quanto mais emprestarmos do povo francês, menos teremos de emprestar dos mercados."
HolLande disse que a taxa de juros paga por esses títulos não deve exceder as taxas do mercado.
Cerca de dois terços da dívida negociável francesa está em mãos de pessoas residentes fora do país e apenas 34,6% estão em poder de moradores do território francês, segundo dados da AFT, o organismo que gerencia a dívida do país
As declarações de Sarkozy à emissora francesa TF1 foram feitas a apenas três dias do primeiro turno da eleição presidencial. Segundo pesquisas de opinião, Sarkozy deve ir para o segundo turno com o socialista François Hollande, mas elas também indicam que o atual presidente deve perder no segundo turno, em 6 de maio.
"A maior parte da crise da zona do euro já passou, mas a Europa está convalescente", disse Sarkozy. "Se a França parar de reduzir seus gastos e fizer escolhas erradas...a sanção sofrida pela Espanha atualmente e o sofrimento imposto aos italianos não poupará o povo francês."
Sarkozy tem intensificado sua retórica econômica nas últimas semanas, citando repetidamente o exemplo da Espanha e até mesmo da Grécia como o destino que espera a França se o país seguir as políticas propostas por Hollande. Preocupações sobre o déficit, dívida e perspectiva de crescimento espanhóis elevaram os custos de financiamento do país para mais de 6% na semana passada.
Já Hollande e sua equipe dizem que se a França sofrer sanções do mercado será por causa do histórico econômico deixado por Sarkozy e do aumento das dívidas e déficits durante seu mandato de cinco anos.
Uma elevação nos custos de financiamento da França nesta quinta-feira, por causa de especulações sobre um possível rebaixamento da dívida soberana, foi um lembrete do quão sensível os mercados se tornaram a respeito da França. Autoridades do governo foram rápidas em negar que qualquer rebaixamento estivesse em andamento e em lembrar que os títulos franceses se recuperaram.
Hollande
Já Hollande disse nesta quinta-feira que pode usar a poupança dos franceses para ajudar a financiar a dívida pública do país, caso eleito no mês que vem.
"A poupança dos franceses, que está num nível bem alto, pode ser mobilizada para a indústria, habitação e também para a dívida", disse Hollande em entrevista ao Canal+. "Desta forma, quanto mais emprestarmos do povo francês, menos teremos de emprestar dos mercados."
HolLande disse que a taxa de juros paga por esses títulos não deve exceder as taxas do mercado.
Cerca de dois terços da dívida negociável francesa está em mãos de pessoas residentes fora do país e apenas 34,6% estão em poder de moradores do território francês, segundo dados da AFT, o organismo que gerencia a dívida do país
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