EUA anunciam a retirada de 9.000 soldados do Japão
Fuzileiros serão deslocados de Okinawa para outras regiões do Pacífico
Marines realizam exercício militar nas Filipinas: EUA consideram o Sudeste Asiático um importante ponto estratégico (Ted Aljibe / AFP)
O exército americano mantém cerca de 47.000 soldados no Japão. A preocupação com o crescente poder militar da China e a rejeição da população local motivaram o reposicionamento das tropas
"Em torno de 9.000 fuzileiros, acompanhados de suas famílias, serão retirados de Okinawa", informa um comunicado conjunto publicado nesta sexta-feira, em Tóquio. Os soldados serão enviados às ilhas americanas de Guam e Hawaii, no Pacífico, e à Austrália. O acordo sobre a retirada dos fuzileiros navais ocorre antes da visita a Washington, na próxima semana, do primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda.
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A medida faz parte da nova estratégia global americana, que prevê um reposicionamento de forças na Ásia, especialmente para apoiar Austrália, Filipinas e Cingapura diante do crescente poder militar da China. Washington e Tóquio, no entanto, não avançaram na polêmica questão da base aérea de Futenma, também em Okinawa, que enfrenta a rejeição da população local. A forte presença militar americana na ilha, onde está metade do contingente de 47.000 homens dos EUA no Japão, é um foco de tensão entre os dois países.
Coreia do Norte - A retirada dos 9.000 soldados americanos acontece após semanas de tensão na região, que antecederam o lançamento de um foguete norte-coreano. A manobra causou preocupação na Ásia e deixou tropas dos EUA, do Japão e da Coreia do Sul em alerta. Mas diante do fracasso da empreitada de Pyongyang – o artefato caiu no mar logo após o lançamento –, a tensão no arquipélago diminuiu.
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