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Dívida pública sobe 1,08% em março, para R$ 1,85 trilhão, diz Tesouro

Despesas com juros elevaram dívida interna no mês passado.
Dívida externa também avançou em março, segundo governo federal.


A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos interno e externo, avançou 1,08% em março deste ano, ou R$ 19 bilhões, para R$ 1,85 trilhão, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (23) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em fevereiro, a dívida somava R$ 1,83 trilhão.
De acordo com o governo federal, a dívida subiu no mês passado por conta, principalmente, das despesas com juros, que totalizaram R$ 17 bilhões no período. Isso porque foi registrado um resgate líquido (vencimentos maiores do que emissões) no valor de R$ 1,98 bilhão em março.
Para 2012, a expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública cresça entre R$ 83,6 bilhões e R$ 183,6 bilhões, atingindo um patamar entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhões. Deste modo, o crescimento ficará entre 4,48% a 9,84%. Essa previsão consta no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012. No ano passado, a dívida subiu 10%, para R$ 1,86 trilhão.
Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrado um aumento de 0,89% em março deste ano, para R$ 1,77 trilhão. Em fevereiro, a dívida interna estava em R$ 1,76 trilhão. Neste caso, o aumento foi de R$ 15 bilhões.
Já a dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou um aumento de 5,5% no mês passado, para R$ 80 bilhões. Em fevereiro, o estoque da dívida externa estava em R$ 75,8 bilhões. A dívida externa avançou R$ 4,18 bilhões em março.
Perfil da dívida
A Secretaria do Tesouro Nacional informou que a participação dos papéis prefixados (cuja correção é determinada no momento do leilão) na dívida pública subiu de R$ 663 bilhões em fevereiro, ou 37,7% do total, para R$ 689 bilhões em março, ou 38,8% do total.
Ao mesmo tempo, recuou no mês passado a parcela dos títulos indexados à taxa Selic. Essa participação somou R$ 494 bilhões em março, ou 27,84% do total, contra R$ 513 bilhões em fevereiro (29,2%). Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".
Também subiu em março, segundo dados do Tesouro Nacional, a parcela de títulos atrelados à inflação, que somou 33,11% no mês passado, ou R$ 587 bilhões, contra 32,69% do total em fevereiro, o equivalente a R$ 575 bilhões.

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