Orégano pode ajudar a combater câncer de próstata, diz estudo
Pesquisa observou que substância presente na erva pode levar células cancerígenas a se autodestruírem
Orégano: erva pode ajudar a combater câncer de próstata (Kateryna Dyellalova/iStockphoto/Getty Images)
O orégano pode ser um aliado no combate ao câncer de próstata, segundo uma nova pesquisa feita na Universidade de Long Island, nos Estados Unidos. O estudo indicou que uma substância chamada carvacrol, presente na erva, induz as células cancerígenas a se autodestruírem. Os resultados foram apresentados nesta terça-feira no congresso Biologia Experimental 2012, realizado durante esta semana em San Diego, Califórnia.Saiba mais
APOPTOSEÉ conhecida como 'suicídio celular'. Ocorre de uma forma ordenada em todos os organismos para que a renovação celular ocorra, mas também como resposta a uma ameaça - seja uma infecção ou lesão do material genético. Para o corpo, é melhor que uma célula morra do que muitas células sejam corrompidas.
Bavadekar e sua equipe realizaram um estudo em laboratório para observar a ação do carvacrol sobre as células de câncer de próstata. O composto pode ser encontrado, além do orégano, no tomilho, por exemplo. Os pesquisadores descobriram que o composto induz as células cancerígenas à apoptose, ou seja, o ‘suicídio celular’. No entanto, eles não decifraram os mecanismos pelos quais o carvacrol leva as células à autodestruição.
Segundo os autores do estudo, embora o trabalho ainda esteja em fase preliminar, os dados têm um grande potencial para, de fato, classificar a substância como um agente anticancerígeno. "Se a pesquisa continuar a produzir resultados positivos, essa especiaria pode representar um tratamento muito promissor para pacientes com câncer de próstata, com a vantagem de que o orégano é comumente usado em alimentos e é reconhecido como um ingrediente seguro”, afirma Bavadekar.
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Dr. Mario Eisenberger
Há 17 anos trabalhando na Universidade Johns Hopkins, o oncologista Mario Eisenberger estuda o futuro do combate ao câncer. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, já teve pacientes que chegaram em estado grave ao seu consultório, com metástase até no osso, mas que dez anos depois estão vivos e em completa remissão.“Metástase não é mais sentença de morte”, diz, com um leve sotaque em inglês, adquirido nas quase quatro décadas morando nos Estados Unidos. Fascinado por estudos clínicos, sua tarefa é definir os padrões da doença que serão examinados. É a linha de frente da ciência.
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