Breivik vê 2 vereditos justos: pena de morte ou absolvição
Responsável por massacre afirmou que pena de prisão de 21 anos é 'patética'
Anders Behring Breivik, em seu terceiro dia de julgamento (Fabrizio Bensch / Reuters)
Anders Behring Breivik, julgado pelo massacre de 77 pessoas na Noruega, afirmou nesta quarta-feira que a pena de morte ou a absolvição são os únicos vereditos justos em seu processo. E evocando as outras "células" que diz existir, afirmou, em resposta a uma pergunta da promotoria, que elas poderão atacar a qualquer momento.Entenda o caso
- • No dia 22 de julho de 2011, dois ataques coordenados espalham pânico pela capital norueguesa, Oslo, deixando 77 mortos.
- • No primeiro, um carro-bomba explodiu no distrito governamental atingindo a sede do governo e matando oito pessoas.
- • Pouco tempo depois, um homem invade a ilha de Utoya e atira a esmo contra um acampamento da juventude social-democrata, matando 69 pessoas.
- • O norueguês ultradireitista Anders Behring Breivik, de 32 anos, é preso e assume a autoria dos atentados.
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No terceiro dia de seu julgamento, o militante ultradireitista também foi questionado sobre a existência de uma rede de "Cavaleiros Templários" da qual disse fazer parte. Breivik negou a existência da rede, apesar de ter apelado pela confidencialidade para não dar explicações.
Em várias ocasiões, o acusado se negou a responder os questionamentos, mostrou sinais de irritação e se contradisse, mas não perdeu a calma, segundo sites noruegueses. Ele ainda acusou a promotora Inga Bejer Engh de tentar "deslegitimar" e "ridicularizar" seu relato.
Extremistas - O fundamentalista, de 33 anos, disse que "casualidades" o levaram a entrar em contato com outros militantes nacionalistas europeus pela internet, já que considerava que os círculos eram muito vigiados pela polícia na Noruega. Além disso, informou que foi "por acaso" que um militante sérvio, perseguido pelos tribunais internacionais, entrou em contato com ele em 2002 para acertar uma reunião secreta na Libéria.
Breivik viajou efetivamente à Libéria, mas não há provas de reuniões com outros extremistas. Amigos dele disseram à polícia que seu objetivo na viagem era comprar diamantes, embora não tenha conseguido. A história dos diamantes, como a de ser membro do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) eram uma "cobertura", explicou o extremista, reticente a dar dados. "Não é meu trabalho esclarecer este caso, é da polícia", afirmou Breivik, ressaltando que não pode dar informações que possam prejudicar outras pessoas.
A promotora Inga Bejer Engh ressaltou a falta de dados sobre sua viagem a Londres no mesmo ano, onde ele assegura que se formalizou a criação da rede antiislamista "Cavaleiros Templários". Engh mostrou também as contradições entre o manifesto de Breivik e as declarações nos interrogatórios, por exemplo, referente ao número de presentes na reunião da rede.
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