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Espanha entra em recessão após cair 0,4% entre janeiro e março

País acumula dois trimestres consecutivos de contração, de acordo com Banco Central

A economia espanhola caiu 0,4% no primeiro trimestre de 2012 em relação aos últimos três meses de 2011, o que representa a confirmação da volta à recessão após registrar dois trimestres consecutivos de contração, de acordo com os dados publicados nesta segunda-feira pelo Banco Central da Espanha.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,5% após sete trimestres de altas anualizadas.
O emprego seguiu descendo, embora de forma 'ligeiramente menos intensa' que no quarto trimestre de 2011, com um descenso anualizado próximo a 4%.
Como se não bastasse a entrada em recessão econômica, a Espanha agora apresenta um índice de inadimplência de seus bancos maior. Segundo números divulgados pelo Banco da Espanha na semana passada, a taxa de mal pagadores atingiu o nível mais alto em fevereiro desde 1994.

A inadimplência, principalmente de empréstimos imobiliários suscetíveis de não ser devolvidos, ficou em 143,815 bilhões de euros no segundo mês do ano, ou seja, uma taxa de 8,15%, contra os 7,91% de janeiro e 7,61% em dezembro.
No fim de março, o governo espanhol aprovou um projeto de orçamento para 2012 que prevê corte de mais de 27 bilhões de euros, especialmente com o congelamento de salários de funcionários públicos e redução do orçamento dos ministérios. O governo conservador de Mariano Rajoy estabeleceu como meta reduzir o déficit público a 5,3% do PIB este ano, depois da disparada a 8,51% em 2011.
Projeção - Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia espanhola diminuirá 1,8% em 2012, mas voltará a crescer em 2013, com 0,1% de alta do PIB. Em suas previsões anteriores, em janeiro, o FMI havia indicado dois anos de recessão para a economia espanhola, com quedas do PIB de 1,7% em 2012 e de 0,3% em 2013.

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