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Em 5 anos, arrecadação com defesa contra 'importado barato' sobe 801%

Brasil tem 87 medidas de defesa comercial em vigor, segundo o MDIC.
Entre itens protegidos estão armação de óculos, lápis e ferro de passar.


O endurecimento da defesa comercial brasileira fez com que a arrecadação com tarifas cobradas sobre produtos que entram no país com preços considerados desleais crescesse 801% nos últimos cinco anos, mostra levantamento do G1, feito com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O valor bateu recorde no ano passado, alcançando R$ 278,20 milhões.
Aplicadas desde 1988, as medidas de proteção atingem desde produtos de uso doméstico – como ferro de passar, armações de óculos, pneus, lápis e garrafas térmicas – a insumos para indústria. O objetivo é evitar que bens entrem no Brasil com preços menores que os praticados no seu país de origem. Para isso, o governo faz uso de instrumentos capazes de equilibrar os custos dos produtos importados e proteger a indústria nacional de mais prejuízos.
O Brasil conta com 87 medidas em vigor contra diferentes países, como Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Argentina, segundo dados do MDIC até o dia 26 de março.
A maioria delas é referente à prática de dumping (venda a preço inferior ao de custo), mas também há aplicação de salvaguarda (no caso de aumento muito expressivo das importações) – e medidas compensatórias (quando há subsídio do governo estrangeiro ao produto vendido ao Brasil). A medida antidumping adotada mais recentemente tem validade até março de 2017.

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