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'Quero democracia, não impunidade', escreve Lula em artigo do NY Times

Petista aproveitou espaço para apontar avanços que o três governos e meio do PT implementaram no país, até a interrupção do mandato da ex-presidente Dilma

['Quero democracia, não impunidade', escreve Lula em artigo do NY Times]
Foto :Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

O ex-presidente Lula (PT) assina o artigo de opinião “Eu quero democracia, não impunidade”, no jornal americano New York Times de hoje (14).
Diretamente da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, o petista aproveitou o espaço para apontar os avanços que o três governos e meio do Partido dos Trabalhadores implementaram no país, até a interrupção do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
“A presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment e foi destituída do cargo por uma ação que até mesmo seus oponentes admitiram não ser uma ofensa imputável. Então, eu também fui mandado para a prisão, depois de um julgamento duvidoso sobre acusações de corrupção e lavagem de dinheiro (...) Há um golpe de direita em andamento no Brasil, mas a justiça prevalecerá”, escreveu.
Lula afirma que o encarceramento dele foi “a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil”, principalmente no que diz respeito a impossibilitá-lo de se candidatar no pleito de 2018.
“Minha condenação e prisão são baseadas somente no testemunho de uma testemunha cuja própria sentença foi reduzida em troca do que ele disse contra mim. Em outras palavras, era do seu interesse pessoal dizer às autoridades o que elas queriam ouvir”, argumentou.
Entre outras coisas, o ex-presidente cutucou a mídia brasileira e apontou que todos trabalham em favor do juiz Sérgio Moro, que “interceptou conversas de telefone privadas” que o petista teve com “família e advogados”, e o fez protagonizar um “desfile do acusado”, ao ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento. 
Lula finaliza o artigo com um pedido de julgamento justo e imparcial, ao afirmar que não se preocupa consigo mesmo, pois já esteve na cadeia antes, no período do Golpe Militar. “Aquela ditadura caiu. As pessoas que estão abusando do poder hoje em dia irão cair também”, aposta.

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