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Bolsonaro e o desapreço pela democracia, por Raul Monteiro*

Foto: Reprodução/Arquivo
Presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL
O teor da entrevista dada anteontem pelo candidato Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional praticamente redefiniu o debate presidencial que o país – e não apenas os postulantes ao seu comando político – precisa enfrentar com o máximo de urgência e responsabilidade. Dada a posição de liderança do presidenciável do PSL nas pesquisas, quando o ex-presidente Lula (PT) não concorre, e as insinuações ou aviso que deu com relação à possibilidade de uma intervenção militar no país depois das eleições em que espera sair vitorioso, a discussão sem dúvida migrou sobre como tirar o país da crise para como evitar que se torne uma ditadura.
Aliás, se o candidato não se retratar diante da gravidade do que deixou no ar, ao endossar o posicionamento de seu vice, um general da Reserva, segundo quem as Armas podem impor uma saída ao país, o economista Paulo Guedes, considerado o cérebro econômico de sua campanha, deveria por bem, num ato de patriotismo e responsabilidade, afastar-se de forma clara do projeto de Bolsonaro, se é que tal existe e não passa, como ele deu a entender na entrevista, exclusivamente de um desejo de tomar o poder pelo poder. Nos 27 minutos em que foi sabatinado, o presidenciável do PSL confirmou que o nível de seu apreço pela democracia é baixíssimo.
Destilou toda a superficialidade do seu populismo por meio das teses que defende como se fossem essenciais, quando na verdade não passam de secundárias, ridiculamente acessórias. Qualquer adolescente minimamente informado sabe que é reativando a economia e diminuindo a desigualdade que se pode reduzir a violência, mas Bolsonaro prefere dizer que é armando, matando e condecorando quem mata. É claro que o candidato foi ajudado pela ingenuidade da dupla que o entrevistou, que deve ter aprendido depois daquela sabatina, tardiamente, que não é fácil constranger quem não tem valores e já domina há muito a arte da malandragem.
Constrangedor mesmo foi, para quem tem mais o que fazer e resolver num grande país apequenado pela crise, ver um candidato gastando o tempo precioso de sua audiência com uma bizarra discussão sobre um tal de kit gay, como se este fosse um tema do qual um presidente da República, cioso do seu ofício e papel, devesse se ocupar. Se Bolsonaro fosse pelo menos engraçado e espirituoso ou inspirasse alguma confiança de que de fato representa alguma, ainda que simplória, novidade, dava até para entender porque ainda tem gente deliberadamente se auto-enganando e dizendo sem a menor cerimônia que pretende vê-lo na Presidência.
Como candidato, sem dúvida ele tem o direito de dizer o que quiser. Aceitá-lo com o seu menosprezo pela democracia, único valor com que um país profundamente desigual e injusto como o Brasil ainda pode contar para construir coletivamente a saída para um período tão triste e difícil, depois de tê-la reconquistado com tanta luta e dor, é simplesmente desesperador. Como qualquer sociedade tem a classe política que merece, deve fazer sentido a aparição de sua figura popularesca. Achar que todos, mesmo aqueles que sabem que ele não deve ser levado a sério, deverão arcar com o ônus de sua escolha para presidente do país, é, no entanto, uma desumanidade.
* Artigo do editor Raul Monteiro publicado hoje na Tribuna.
Raul Monteiro*







 Presidenciáveis arrecadaram R$ 71,5 milhões, mostra TSE

Foto: Divulgação
Candidatos à presidência
Duas semanas após o início oficial da campanha eleitoral, oito dos 13 candidatos à Presidência da República declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que arrecadaram R$ 71,5 milhões. O maior volume – 60,9% – é do tucano Geraldo Alckmin, que informou ter recebido R$ 43,4 milhões da direção nacional do PSDB. A menor arrecadação declarada, até o fechamento desta reportagem, foi a do candidato João Goulart Filho (PPL): R$ 1.800 de financiamento coletivo e gasto de R$ 157,10 com taxa de administração. Segundo dados disponíveis no portal do TSE, até este momento a campanha do PSDB não informou despesas eleitorais. O teto de gastos estabelecido pelo TSE, no primeiro turno de cada campanha presidencial, é de R$ 70 milhões. O candidato do MDB, Henrique Meirelles, informou uma doação própria de R$ 20 milhões e gastos de R$ 50 mil, com o impulsionamento de conteúdos na internet. Meirelles declarou um patrimônio total de R$ 377, 5 milhões. Leia mais no Estadão.
Agência Brasil






 Propaganda eleitoral no rádio e na TV começa nesta sexta-feira

Foto: Divulgação
No rádio, das 7h às 7h12min30seg e das 12h às 12h12min30seg. Na televisão, das 13h às 13h12min20seg e das 20h30 às 20h42min30seg
A propaganda eleitoral gratuita começa a ser divulgada no rádio e televisão para todo o país nesta sexta-feira (31). Durante o primeiro turno, o conteúdo político será veiculado até 4 de outubro, três dias antes de os eleitores comparecerem às urnas. No total, serão 35 dias de propaganda – dez a menos que antes da aprovação da Reforma Eleitoral de 2015 (Lei 13.165/2015). Em casos em que haja segundo turno, a veiculação será retomada no dia 12 de outubro, ou seja, na primeira sexta-feira após o primeiro turno. Serão mais 15 dias até o dia 26 de outubro – dois dias antes dos eleitores voltarem às urnas. A definição quanto aos dias de exibição das campanhas leva em conta o cargo em disputa. Os programas dos presidenciáveis irão ao ar às terças-feiras, quintas e aos sábados. No rádio, das 7h às 7h12min30seg e das 12h às 12h12min30seg. Na televisão, das 13h às 13h12min20seg e das 20h30 às 20h42min30seg. Nestes mesmos dias, serão transmitidas as propagandas dos candidatos a deputado federal. Já a publicidade dos que concorrem aos governos estaduais e do Distrito Federal, bem como ao Senado e a deputado estadual e distrital será exibida às segundas-feiras, quartas e sextas. Nos domingos, não haverá propaganda eleitoral. Juntos, os programas dos candidatos à Presidência da República ocuparão dois blocos de 12 minutos e 30 segundos cada, totalizando 25 minutos a cada dia de exibição. Mesmo tempo destinado à propaganda do conjunto de candidatos a deputado federal. Os que concorrem aos cargos de governadores dividirão 18 minutos de campanha no rádio e na TV. Tempo igual ao destinado aos candidatos a deputados estaduais e distritais. Já os que concorrem ao Senado aparecerão em dois blocos de 7 minutos cada. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 28.306 pessoas registraram suas candidaturas. São 13 candidatos presidenciais; 199 concorrentes ao cargo de governador; 353 aspirantes ao Senado; 8.346 candidatos ao cargo de deputado federal; 17.512 a deputado estadual; 963 a deputado distrital e 353 ao Senado – que, este ano, renovará dois terços dos atuais senadores. Ou seja, 54 candidatos serão eleitos. No último dia 23, o TSE apresentou o tempo que caberá a cada candidato ao Palácio do Planalto na campanha de TV e rádio. A divisão do tempo de TV e rádio é feita conforme o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados dos partidos que compõem a coligação de cada candidato. Por este critério, oito das 13 candidaturas homologadas terão direito a menos de 30 segundos por bloco do horário eleitoral. Além da aparição em bloco, os candidatos também fazem jus a divulgar propagandas de 30 segundos ao longo da programação das emissoras de rádio e TV. A quantidade de inserções das peças publicitárias eleitorais obedece ao mesmo critério de divisão do horário eleitoral, ou seja, a representatividade da coligação na Câmara.
Agência Brasil






 Gasolina vendida nas refinarias está mais cara a partir de hoje

Foto: Tiago Queiroz / Estadão
O aumento obedece à política de preços da Petrobras para a gasolina e o diesel comercializados com as distribuidoras e que “tem como base o preço de paridade, formado pelas cotações internacionais"
O preço do litro da gasolina vendida nas refinarias aumenta nesta quinta-feira (30) de R$ 2,0829 para R$ 2,1079. Já o preço do diesel permanece estável em R$ 2,0316. O aumento obedece à política de preços da Petrobras para a gasolina e o diesel comercializados com as distribuidoras e que “tem como base o preço de paridade, formado pelas cotações internacionais”. De acordo com a empresa, a paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos. A Petrobras informa ainda que a gasolina e o diesel comercializados com as distribuidoras diferem dos produtos no posto de combustíveis. “São os combustíveis tipo A, ou seja, gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel também sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis”. A empresa explica também, em seu site, que “os preços médios informados consideram a média aritmética nacional dos preços à vista, sem encargos e sem tributos, praticados na modalidade de venda padrão nos diversos pontos de fornecimento, que variam ao longo do território nacional, para mais ou para menos em relação à média. Essa variação pode ser de até 12% para gasolina A e até 9% para o diesel A”.
Agência Brasil






Alckmin vai ao interior de SP contra fator Bolsonaro

Foto: Divulgação
Geraldo Alckmin e Bolsonaro
Em uma tentativa de conter o avanço do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em meio ao eleitorado paulista, a campanha do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) apelou a militantes e dirigentes de partidos aliados no Estado para promover o nome do ex-governador e desconstruir o adversário. Bolsonaro hoje lidera, com 22%, as intenções de voto (no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) em São Paulo, maior colégio eleitoral do País e “reduto” dos tucanos. Após ter governado São Paulo por quatro mandatos, Alckmin tem 16% das intenções de voto no Estado. Tucanos e aliados cobram uma atuação mais intensa do ex-governador em sua base eleitoral e temem que se repita no Estado o mesmo fenômeno que levou Aécio Neves a perder as eleições presidenciais de 2014. Naquele ano, o senador perdeu para Dilma Rousseff em Minas Gerais por uma diferença de 550 mil votos (52,4% a 47,6%). Se tivesse conquistado uma vitória folgada em sua terra natal, Aécio teria sido eleito. Alckmin participa nesta quinta-feira, 30, em Mogi das Cruzes do primeiro ato político suprapartidário no Estado após o início oficial da campanha. O ex-prefeito João Doria (PSDB), que disputa o governo do Estado, não estará presente. Antes disso, Alckmin só dedicou dois dias de sua agenda para fazer campanha no Estado após o início da corrida presidencial – visitou a cidade de Ribeirão Preto no sábado, 25, e a comunidade de Paraisópolis, na capital, no domingo, 26. Também nesses casos, sem a presença de Doria. Já Bolsonaro fez uma espécie de caravana paulista na semana passada, passando por Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Araçatuba, José Bonifácio, Glicério e Barretos. Um dos principais responsáveis pela mobilização do evento desta quinta-feira foi o ministro Gilberto Kassab (Comunicações), principal líder do PSD. São esperadas cerca de 2 mil pessoas entre representantes e prefeitos de siglas do Centrão, como PP, DEM e PR. O ato está sendo formatado para mostrar unidade na coligação, afinar o discurso e impedir “infidelidades” entre representantes do colegiado partidário. Alguns dos deputados estaduais mais votados na última eleição, como Coronel Telhada, que deixou o PSDB para se filiar ao PP, já declararam apoio a Bolsonaro. Delegado Olim, também do PP, é outro que resiste em fazer campanha para o tucano. E o problema não ocorre só em São Paulo. Há exemplos de traições no Rio, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul, onde o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) ciceroneou Bolsonaro ontem em agendas de campanha. Segundo o deputado Silvio Torres (SP), tesoureiro nacional do PSDB e um dos mais próximos interlocutores de Alckmin, as agendas em São Paulo serão intensificadas na reta final da campanha por uma questão logística. “Essa campanha é mais curta que a de 2014. A gente teve que cumprir primeiro muitas agendas fora do Estado”, disse ele. Ainda segundo Torres, na reta final da campanha Alckmin terá de ficar mais em São Paulo para gravar programas e participar de debates. O candidato aproveitará, então, para investir em sua base. Além de Kassab, os deputados estaduais Estevam Galvão (DEM) e Marcos Damasio (PR) também estão entre os responsáveis pelo evento. “Alckmin não está em um bom momento, isso é fato, mas vai crescer com o início da campanha na TV. Eu sou fiel à coligação, peço votos e acredito que o DEM está 100% fechado com ele, ao menos aqui em São Paulo”, afirmou Galvão, que vai tentar o quinto mandato na Assembleia Legislativa em outubro.
Estadão







 MPF quer dados de quem usou aplicativos pró-PT

Foto: Marcelo Fonseca / Estadão
Wellington Dias
O procurador regional eleitoral de Minas Gerais, Bruno Nominato, pediu à Justiça Eleitoral acesso aos dados cadastrais de usuários de dois aplicativos suspeitos de serem usados em um esquema de pagamento de influenciadores digitais para fazer campanha a candidatos do PT nas redes sociais nas eleições 2018, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato. Nominato quer que as empresas Apple e Twitter revelem no prazo de 48 horas a identidade de usuários cadastrados nos aplicativos Follow e Brasil Feliz de Novo, desenvolvidos por uma empresa do deputado federal e candidato a senador Miguel Corrêa (PT-MG), para disseminar notícias favoráveis à esquerda e ao PT na internet. Corrêa nega irregularidade. O jornal O Globo revelou que 14 candidatos petistas e também do PR tiveram conteúdo de campanha divulgado pelos aplicativos. Segundo a reportagem, um funcionário da empresa Follow disse em um vídeo que pagaria até R$ 1 mil para “ativistas” que aceitassem divulgar em seus perfis nas redes sociais, especialmente no Twitter, notícias favoráveis aos candidatos selecionadas através dos aplicativos. Segundo a Procuradoria, o objetivo do pedido é identificar os verdadeiros autores das postagens para que eles possam ser convocados a depor pelos promotores eleitorais que vão investigar o caso. O caso ganhou repercussão no fim de semana após a publicação de uma série de posts exaltando a gestão do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), candidato à reeleição nas eleições 2018. Segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representantes.”
Estadão








 Funcionária de Boulos diz ter sido ameaçada por fã de Bolsonaro

Foto: Fábio Motta / Estadão
Guilherme Boulos
Uma funcionária da campanha presidencial de Guilherme Boulos (PSOL) registrou nesta quarta-feira, 29, um boletim de ocorrência na Polícia Civil no qual diz ter sido ameaçada com arma de fogo por um simpatizante do candidato Jair Bolsonaro (PSL). O caso teria ocorrido em frente ao comitê de campanha de Boulos, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Segundo a vítima, que teve o nome preservado, um homem branco de aproximadamente 35 anos de idade passou em um carro em frente ao comitê de Boulos, na Rua Cardeal Arcoverde, gritando “Boulos o c…, aqui é Bolsonaro”. Ela relatou à polícia ter respondido “o que é isso, fascista”, quando ele mostrou uma arma em sua direção e seguiu seu caminho no veículo. A campanha de Boulos conseguiu fotografar o veículo, um Chevrolet Classic preto, placa EXS-0031. Segundo a polícia, o carro está no nome da empresa Anderson Indústria e Comércio de Joias. Localizada na Barra Funda, a firma pertence a Anderson Ribeiro da Silva. A reportagem não conseguiu localizá-lo na noite desta quarta-feira. O caso foi registrado no 14.º DP (Pinheiros) da capital. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Boulos disse que a “responsabilidade política” pelo ocorrido é do candidato Jair Bolsonaro. “Nós exigimos invesitgações e providências. Não é possível que o nível de intolerência, o nível de ódio, estimulado pelo próprio Jair Bolsonaro, chegue a esse ponto de ameaçar uma mulher ali em frente ao comitê. A responsabilidade política disso é do Bolsonaro, que sai estimulando uso de arma de fogo, que pega mão de criança e faz gestos de arma de fogo”, afirmou Boulos.
Estadão









Defesa pede que STF arquive ação penal em que Bolsonaro é réu por apologia ao estupro

Foto: Fábio Motta / Estadão
Jair Bolsonaro
A defesa do deputado federal Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido para que seja declarada extinta sua punibilidade na ação penal em que é réu por injúria e apologia ao crime de estupro. Em 2014, Bolsonaro declarou que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), porque ela não merecia por ser “muito feia” e não fazer seu “gênero”. Os advogados de Bolsonaro afirmam que, apesar de o ministro Luiz Fux, relator do caso na Primeira Turma do Supremo, ter designado datas para as inquirições, Maria do Rosário “deixou de comparecer a todos os atos instrutórios realizados”. A defesa também cita o artigo 60 do Código de Processo Penal que prevê que a ação penal será considerada perempta “quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais”. “Em seu lugar, apresentou-se aos atos instrutórios suposto procurador da querelante. Todavia, verificou-se que a procuração que lhe teria sido outorgada, apresentada a esse E. Tribunal quando foi ajuizamento da Queixa-Crime, deixava de atender aos requisitos impostos pelo art. 44, do Código de Processo Penal”, escrevem os advogados. O artigo citado pela defesa prevê que “a queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal”. “Resta caracterizada, desse modo, a perempção da ação penal, diante do descumprimento do ônus de comparecimento da querelante aos atos instrutórios, na forma do art. 60, III, do Código de Processo Penal, bem como a decadência do direito de queixa, em razão da irregularidade do instrumento de mandato, nos termos dos artigos 38 cf c 44, do Código de Processo Penal.” Ao Estado, a deputada Maria do Rosário afirmou que a petição é “mais uma manobra protelatória” da defesa de Bolsonaro. “São sempre alegações que tentam a impunidade. Sempre. Eu realmente acredito que todas as mulheres estão cansadas da impunidade e de tudo o que diz respeito ao estupro, inclusive à apologia. O que está claro é que o candidato foge de sua responsabilidade”, disse a deputada. Procurado, o advogado Cezar Britto informou que a defesa ainda não foi intimada da petição. Quando for, disse, prestará todos os esclarecimentos necessários aos fatos alegados. “De logo, a defesa antecipa que não há decadência nem nenhum fato que possa dar nulidade ao processo”, afirmou. Quanto à procuração, Britto afirma que “está absolutamente correta” e que fora apresentada antes da própria denúncia, um dos requisitos preparatórios para sua análise. “Nenhum momento foi alegada (irregularidade na procuração), o que preclui qualquer perspectiva de nulidade se por ventura ela tivesse existido”.
Estadão






‘Eles iam roubar São Paulo e eu impedi’, diz Haddad sobre ‘mensalinho’

Foto: Divulgação
Fernando Haddad
O candidato a vice-presidente pelo PT nas eleições 2018, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 29, que não houve pagamentos de caixa-dois por parte de membros da empreiteira UTC na época em que era prefeito de São Paulo. Em Belo Horizonte, Haddad se irritou com a imprensa ao ser questionado sobre as denúncias feitas pelo Ministério Público paulista. Nesta semana, o MP enviou à Justiça o parecer de que o ex-secretário de saúde de Haddad, João Filipe Jr., teria recebido dinheiro para atender aos interesses da UTC junto à prefeitura da capital paulista. Além disso, o ex-secretário também seria o responsável por receber caixa-dois da empreiteira para pagar dívidas da campanha do petista de 2010. “Eu já demonstrei que os interesses da empresa em São Paulo foram contrariados. Eles iam roubar São Paulo e eu impedi”, disse Fernando Haddad. O candidato a vice se irritou ao ser questionado sobre a questão. “Quantos políticos no Brasil tem condições de apresentar as provas que eu apresentei?, afirmou. Bastante irritado com as perguntas, o ex-prefeito criticou o tratamento da imprensa com a situação. “Vocês deviam usar a profissão de vocês para ajudar o país e não para confundí-lo”, disse. Fernando Haddad é o candidato a vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, e existe a expectativa de que o ex-prefeito assuma a cabeça da chapa petista caso Lula seja impedido de concorrer por conta da lei do Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados em segunda instância. Na capital mineira, Haddad participou de um ato com o candidato ao governo mineiro Fernando Pimentel, que tenta a reeleição nas eleições 2018, e com a ex-presidente cassada Dilma Rousseff, postulante ao Senado. O ex-prefeito se reuniu com reitores de universidades federais mineiras.
Estadão









 Temer diz que vai promover ‘transição mais do que tranquila’ para próximo presidente

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Michel Temer
O presidente Michel Temer pretende abrir as portas do Palácio do Planalto para aquele que vier a substituí-lo, não interessa o nome ou o partido do vencedor nas eleições 2018, e assim facilitar a transição de seu governo para o próximo mandatário. “Tenho educação cívica e receberei o substituto com toda cordialidade que ele merece e todas as informações para que ele possa se inteirar das coisas do governo e tomar posse na maior paz”, disse Temer, com exclusividade ao Estadão/Broadcast. Ao chegar ao Planalto para substituir Dilma Rousseff, afastada devido à abertura do processo de impeachment, em maio de 2016, Temer diz ter encontrado uma situação de caos: cadeiras de pernas para o ar, obras de artes arrancadas de seus lugares e vandalizadas com a expressão “golpista”, vasos sanitários entupidos com papel higiênico, computadores desconectados das tomadas ou sem cabo de energia. Também lista, no clima de desolação, arquivos de governo. “Infelizmente, não me deram nada disso. Não havia ninguém para fazer a transição. Tive de recuperar do zero os dados dos computadores do governo, um bem público”, acrescentou ele. Caberá ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, comandar as equipes do atual governo que farão a transição com as que chegarem. Todos os ministérios deverão indicar seus representantes, que vão responder a Padilha. Depois de declarado o vencedor, ele será convidado a ir até o Palácio do Planalto para se reunir com Temer e destacar auxiliares que vão passar a se reunir com o ministro da Casa Civil e seus comandados. “Vai ser uma transição mais do que tranquila”, afirmou Temer. Questionado se daria algum conselho ao novo presidente, se este pedir, Temer afirmou que o fará, desde que solicitado. E quais seriam? “Que ele toque a reforma da Previdência e procure fazer a simplificação tributária.” A reforma da Previdência, disse Temer, está pronta para ser votada. Segundo ele, o novo governo pode fazer um ajuste aqui, outro ali, mas o principal está pronto. Quanto à tributária, ele afirma que o projeto relatado pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) a respeito do tema também está adiantado. “Alguma coisa terá de ser feita, até para adequação ao programa do vencedor, mas meio caminho já foi andado”, afirmou o presidente.
Agência Brasil







 Alckmin muda tática e agora vai bater no PT, diz coluna

Foto: Dida Sampaio / Estadão
Geraldo Alckmin
A campanha do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) quer intensificar os movimentos para atrair o eleitorado de Jair Bolsonaro (PSL) sem atacá-lo diretamente. De acordo com a Coluna do Estadão, a saída é vender a ideia de que votar em Bolsonaro pode ajudar a eleger o candidato do PT. Isso porque no segundo turno seriam “todos” contra Bolsonaro. A aposta é que o discurso do voto útil pode atrair os eleitores antipetistas do capitão reformado. A proposta de atacar o PT e não Bolsonaro é defendida na campanha tucana por aliados políticos e também por empresários. Aliados de Alckmin pressionam a campanha do tucano a realçar na propaganda eleitoral de rádio e TV que ele, assim como Bolsonaro, também tem um perfil de gestor com autoridade para tomar decisões firmes. Com 5% na pesquisa Estadão/Ibope, no cenário sem Lula, Alckmin tem recebido conselhos de deputados federais que, em campanha pela reeleição, conversam diariamente com o eleitor e pedem por mudanças nas políticas públicas.
Estadão
30 de agosto de 2018, 06:50

BRASIL Lula pede à PF para votar na prisão, diz coluna

Foto: Leonardo Benassatto / Reuters
Ex-presidente Lula
De acordo com publicação na Coluna do Estadão nesta quinta-feira (30), o ex-presidente Lula requereu à superintendência da Polícia Federal em Curitiba o direito de votar para presidente nas eleições. Com isso, ele aguarda que seja instalada urna eletrônica na unidade. O pedido de Lula já foi encaminhado pela PF à juíza da Vara de Execuções Penais, que deve consultar o TSE. Se for aceito, será a primeira vez na história. Como nas superintendências deveriam ficar apenas presos provisórios, não há local de votação. O ideal, dizem policiais, é que Lula, por ser preso condenado, seja levado para um presídio, onde poderá votar.

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