Pular para o conteúdo principal

Premiê turco acusa Rússia de 'limpeza étnica' na Síria

Ministro Exterior Turquia
(AFP/)
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, acusou a Rússia nesta quarta-feira de tentar uma "limpeza étnica" no norte da Síria, dizendo que Moscou atua para expulsar do local populações de turcomanos e muçulmanos sunitas para proteger seus interesses militares na região.
Os comentários de Davutoglu podem complicar ainda mais as tensas relações entre Moscou e Ancara, já no seu pior momento na história recente depois que forças turcas derrubaram um caça russo perto da fronteira entre a Turquia e a Síria no mês passado.
"A Rússia está tentando fazer uma limpeza étnica no norte de Latakia para forçar a saída de todos os turcomanos e da população sunita, que não têm boa relação com o regime", disse Davutoglu a jornalistas estrangeiros em Istambul.
Leia também:
Governo iraquiano acusa presença de soldados turcos em seu território
Putin volta a acusar Turquia de "encher os bolsos" com petróleo roubado na Síria
Em decreto, Putin pede a adoção de sanções contra a Turquia
"Eles querem expulsá-los, eles querem limpar etnicamente a área para que o regime (sírio do ditador Bashar Assad) e as bases russas em Latakia e Tartus fiquem protegidos", afirmou ele, em inglês.
Os turcomanos são etnicamente próximos aos turcos, e Ancara tem ficado particularmente irritada pelo que acusa ser ataques russos contra eles na Síria.
Davutoglu declarou que o bombardeio russo na região de Azaz, também no noroeste da Síria, foi planejado para cortar as linhas de suprimento de grupos sírios que se opõem a Assad, aliado de Moscou, e assim beneficiar os militantes do Estado Islâmico.
Moscou e Ancara têm acusado um ao outro de ajudar o Estado Islâmico. Ambos negam.
(Com Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular