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Trump considera concorrer como candidato independente à Casa Branca

Após críticas a seu plano antimuçulmano, o magnata afirmou que muito de seus apoiadores ainda votariam nele caso deixasse o Partido Republicano

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.
O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta quarta-feira que não descarta a ideia de concorrer como candidato independente à Casa Branca em 2016, após receber várias críticas de seu partido por sua proposta para impedir a entrada de muçulmanos em solo americano. "Se não receber um tratamento justo, certamente consideraria (uma candidatura independente)", disse nesta quarta-feira o magnata em entrevista à emissora ABC.
Trump, que lidera as pesquisas de intenção de voto entre os pré-candidatos do Partido Republicano às eleições presidenciais do próximo ano, já havia anunciado essa ideia na terça em sua conta no Twitter. O magnata citou uma pesquisa do jornal USA Today e da Universidade de Suffolk (EUA), divulgada na terça-feira, que indica que 68% de seus apoiadores ainda votariam nele caso se candidatasse como independente, contra 18% que retirariam o apoio. "Uma nova pesquisa indica que 68% de meus apoiadores votariam em mim se abandonasse o GOP (Grand Old Party, como é chamado o Partido Republicano nos EUA) e me candidatasse como independente", escreveu Trump no Twitter.
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O multimilionário decidiu deixar essa porta aberta após a avalanche de críticas recebidas por sua proposta de proibir a entrada de todos os muçulmanos nos Estados Unidos. Muitas dessas críticas vieram de outros candidatos republicanos, como Jeb Bush, que afirmou que o empresário está "desequilibrado". A Casa Branca também rejeitou imediatamente a proposta, alegando que vetar a entrada dos muçulmanos é "totalmente contrário aos valores" americanos e que Trump estava "desqualificado" para concorrer às eleições depois de suas declarações.
Na segunda-feira, Trump pediu a proibição temporária da entrada de todos os muçulmanos no país, afirmando que os praticantes da religião islâmica sentem "ódio" pelos americanos. A proposta veio após a repercussão do ataque terrorista da semana passada em San Bernardino, na Califórnia.
Perda de título - As declarações xenófobas de Trump durante a campanha levaram a universidade escocesa Robert Gordon a retirar o título de doutor honoris causa do pré-candidato republicano. "Durante a campanha eleitoral, Trump fez várias afirmações que são incompatíveis com os valores desta universidade", disse o responsável pelo comunicado oficial da instituição localizada em Aberdeen. Dessa forma, fica anulado o doutorado em Administração de Empresas, concedido ao empresário em outubro de 2010, "como reconhecimento às conquistas como empreendedor e homem de negócios". A medida é uma resposta a um abaixo assinado iniciado na internet no mês passado, pela ativista escocesa Suzane Kelly, que condenava os comentários ofensivos de Trump contra diferentes coletivos e minorias étnicas.
A ministra do governo autônomo da Escócia Nicola Sturgeon revogou, por sua vez, o status de Trump, que tem origem escocesa, como embaixador para o país na rede de contatos empresariais GlobalScot. Ao sugerir a proibição da entrada de muçulmanos nos EUA, o magnata disse ainda que existem regiões "radicalizadas" de Londres que policiais não entram, por medo de morrer. As declarações provocaram uma onda de críticas na Grã-Bretanha, inclusive do primeiro-ministro David Cameron.
(Com agência EFE)

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