Trump considera concorrer como candidato independente à Casa Branca
Após críticas a seu plano antimuçulmano, o magnata afirmou que muito de seus apoiadores ainda votariam nele caso deixasse o Partido Republicano
Trump, que lidera as pesquisas de intenção de voto entre os pré-candidatos do Partido Republicano às eleições presidenciais do próximo ano, já havia anunciado essa ideia na terça em sua conta no Twitter. O magnata citou uma pesquisa do jornal USA Today e da Universidade de Suffolk (EUA), divulgada na terça-feira, que indica que 68% de seus apoiadores ainda votariam nele caso se candidatasse como independente, contra 18% que retirariam o apoio. "Uma nova pesquisa indica que 68% de meus apoiadores votariam em mim se abandonasse o GOP (Grand Old Party, como é chamado o Partido Republicano nos EUA) e me candidatasse como independente", escreveu Trump no Twitter.
Após novas declarações bisonhas, Donald Trump desaba na corrida à presidência americana
Trump recebe críticas por debochar da deficiência física de jornalista
Na segunda-feira, Trump pediu a proibição temporária da entrada de todos os muçulmanos no país, afirmando que os praticantes da religião islâmica sentem "ódio" pelos americanos. A proposta veio após a repercussão do ataque terrorista da semana passada em San Bernardino, na Califórnia.
Perda de título - As declarações xenófobas de Trump durante a campanha levaram a universidade escocesa Robert Gordon a retirar o título de doutor honoris causa do pré-candidato republicano. "Durante a campanha eleitoral, Trump fez várias afirmações que são incompatíveis com os valores desta universidade", disse o responsável pelo comunicado oficial da instituição localizada em Aberdeen. Dessa forma, fica anulado o doutorado em Administração de Empresas, concedido ao empresário em outubro de 2010, "como reconhecimento às conquistas como empreendedor e homem de negócios". A medida é uma resposta a um abaixo assinado iniciado na internet no mês passado, pela ativista escocesa Suzane Kelly, que condenava os comentários ofensivos de Trump contra diferentes coletivos e minorias étnicas.
A ministra do governo autônomo da Escócia Nicola Sturgeon revogou, por sua vez, o status de Trump, que tem origem escocesa, como embaixador para o país na rede de contatos empresariais GlobalScot. Ao sugerir a proibição da entrada de muçulmanos nos EUA, o magnata disse ainda que existem regiões "radicalizadas" de Londres que policiais não entram, por medo de morrer. As declarações provocaram uma onda de críticas na Grã-Bretanha, inclusive do primeiro-ministro David Cameron.
(Com agência EFE)
Comentários
Postar um comentário