Pular para o conteúdo principal

Governo contraria Levy e reduz meta fiscal para 0,5% do PIB em 2016

Ministro da Fazenda defende que economia do país para o pagamento de juros da dívida pública seja de 0,7% do PIB

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa de fórum na OAB sobre segurança jurídica e de infraestrutura, nesta quarta-feira (23)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy(Folhapress)
O governo federal decidiu reduzir a meta de superávit primário (economia feita para o pagamento de juros da dívida pública) em 2016 para o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). As alterações no texto serão feitas pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMDB-PE), a pedido do governo.
O porcentual é menor que o que vem sendo defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de 0,7% do PIB. Na semana passada, circulou no mercado o rumor de que Levy estaria disposto a deixar o governo caso a meta de 0,7% não fosse mantida.
A proposta de meta fiscal também prevê a possibilidade abatimentos com frustração de receitas e com gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Caso os abatimentos ocorram, o superávit primário pode ser até zerado.
Antes da decisão do governo, Levy afirmou nesta terça que seria "inconveniente" reduzir a meta. "Acho ela (a redução da meta) um inconveniente e um equívoco essa mistura da meta por causa do Bolsa Família. A meta é a meta, Bolsa Família é Bolsa Família", disse o ministro a jornalistas ao chegar a um evento, em Brasília. "Obviamente ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, no rumo da preservação dos empregos."
Leia mais:
'É equívoco ligar corte no Bolsa Família a meta fiscal', diz Levy
Levy de fora - Levy sequer participou das discussões para a alteração da meta fiscal, segundo a presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ela classificou a investida como "mais um erro de articulação do governo".
"O governo tem uma maneira de agir que nos deixa numa posição incômoda. Se tem que discutir superávit, você tem que discutir com o ministro", afirmou. "Eu só fiz uma pergunta para ele, se ele havia participado de alguma reunião para mudança de superávit. Ele disse que não tinha participado de reunião nenhuma", disse a senadora.
(Com Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.